POLÍTICA EXTERNA

Ao lado de Ernesto, Bolsonaro diz que 'política externa está excepcional'

Bolsonaro ainda teceu reclamações sobre o jornalista William Bonner e disse que mantém 'excelente relacionamento' com os países e que 'nada mudou'. Alterado, o mandatário chamou o profissional de "cara de pastel".

Ingrid Soares
postado em 21/01/2021 19:49 / atualizado em 21/01/2021 19:55
 (crédito: Youtube/ reprodução )
(crédito: Youtube/ reprodução )

O presidente Jair Bolsonaro negou, em live nesta quinta-feira (20/1), que o Brasil esteja em crise diplomática com a China e a Índia. O chefe do Executivo apontou ainda que a política externa está "excepcional". "O governo vai muito bem. Nossa política externa está excepcional. Nunca fui tão bem recebido tão bem ao longo dos últimos dois anos em todas as viagens que fiz ao exterior", disse o presidente.

Bolsonaro ainda teceu reclamações sobre o jornalista William Bonner e disse que mantém "excelente relacionamento" com os países e que "nada mudou". Alterado, o presidente chamou o profissional de "cara de pastel".

"William Bonner dizendo no Jornal Nacional que eu e o Ernesto minamos o nosso relacionamento com Índia e China. Primeira coisa, agora, no fim de janeiro, é o Dia da República da Índia. E eles convidam todo ano apenas uma autoridade mundial para participar deste evento. Quem foi o convidado ano passado? Quem? Quem? Quem? Presidente Jair Bolsonaro. Eu fui convidado. Foi uma honraria sem precedentes. O interesse que o (Narendra) Modi tem no Brasil, nós também temos na Índia. Um excelente relacionamento. E nada mudou. Nada mudou. O Bonner vem mentir no Jornal Nacional com aquela cara de pastel dele, aquela cara de último a saber das coisas, dizendo que eu minei esse relacionamento", criticou.

Bolsonaro alegou que o comércio de agronegócio com a China vai de vento em polpa. "A questão da China é a mesma coisa. Vamos pegar em números? Os números não mentem. Os números da nossa balança comercial com a China, o que nós vendemos, em especial o agronegócio, de 2019 foram maior que os de 2018. 2020 foi maior que 2019. Não tem nenhum estremecimento com a Índia", completou.

O presidente disse ainda 'não ser o cara que corre para a imprensa e conta suas conversas diplomáticas'. Ele contou que se encontrou nesta semana com o embaixador da índia, mas não entrou em detalhes.

"No ano passado, não sei que mês foi, eu conversei com XiJinping um outro assunto. Alguns querem que eu fale 'conversei com Xi Jiping'. Eu não sou este cara de falar e correr para a imprensa. Não vou. Muita coisa é reservada. Muita coisa, durante a semana, foi tratada de forma reservada, como recebemos o embaixador da Índia. Depois, foi falar comigo rapidamente, tirei a foto, divulguei. Alguns queriam que eu falasse do que tratei. Não vou falar, é reservado. Quando puder falar, eu falo. Talvez, semana que vem eu possa falar o que eu tratei com ele. Até lá, não vai vazar nada porque foi eu, Ernesto, ele e mais ninguém. E resolvemos muita coisa.Com a China, a mesma coisa. Não tem problema nenhum", garantiu.

Por fim, Bolsonaro disse que a dificuldade em conseguir insumos da Índia e da China para vacinas contra a covid-19 é um problema "burocrático" e não político.

"O problema, como o próprio embaixador disse, é burocrático. Não é nada de político, como alguns falaram, como Bonner falou que nós minamos o relacionamento. Parem de mentir, pessoal. Tomem vergonha na cara. Vocês atrapalham o Brasil com este tipo de notícia. Atrapalham o Brasil. Eu tenho vergonha de vocês, fazer um jornalismo desta maneira", concluiu.

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