MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

Sai do ar vídeo em que ministro diz que seu trabalho é mais espiritual do que político; veja

Ministro Milton Ribeiro, do MEC, afirmou que quer "tirar o Brasil de um rumo de desastre". Gravação estava no canal do YouTube de uma igreja presbiteriana na qual o ministro é pastor

Sarah Teófilo
postado em 26/01/2021 15:28
 (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)
(crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)

Foi retirado do ar o vídeo em que o ministro da Educação, Milton Ribeiro, diz que seu trabalho na pasta é mais espiritual do que político. O vídeo estava no canal do YouTube da Igreja Presbiteriana Jardim de Oração, em Santos (SP), onde o ministro é pastor e participou de um culto no último domingo (24/1). As imagens foram retiradas do canal ainda na segunda-feira (25), após reportagem da Folha de S. Paulo e do Correio.

"Nós queremos tirar o Brasil de um rumo de desastre, em que valores como família, como criação de filhos, o que é certo, o que é errado, pudessem ser novamente restabelecidos. A Bíblia diz que haveria um tempo em que as pessoas iriam chamar o que é errado de certo, e o que é certo de errado”, disse o ministro na ocasião.

Ribeiro foi a Santos para visitar um colégio onde foram aplicadas provas dos Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e compareceu ao culto na cidade. Em sua fala, ainda afirmou que o inquérito o qual responde no Supremo Tribunal Federal (STF) também tem a ver com defender algo que é correto e que está na Bíblia.

“Até mesmo o inquérito que eu enfrento no Supremo Tribunal Federal tem a ver com isso, com algo que Jesus não tem nenhum receio de dizer que não é o caminho certo. Estou muito tranquilo, meu coração está tranquilo. Esse é um desabafo que eu faço com a minha igreja: meu coração está tranquilo. Porque não fui chamado no Supremo Tribunal Federal para responder por desvio de dinheiro, nem por coisas erradas, mas porque eu disse o que a Bíblia diz e ponto final”, afirmou.

A Procuradoria-Geral da República pediu ao Supremo que fosse aberto um inquérito contra Ribeiro para apurar se houve homofobia em falas ditas por ele em uma entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo. Na ocasião, ele disse que homossexualidade é "fruto de famílias desajustadas". A PGR chegou a oferecer um acordo, no qual ele teria que admitir que cometeu crime ao proferir a referida fala, mas o ministro recusou.

Confira o vídeo com as falas do ministro sobre sua atuação no ministério. O momento exato em que ele diz que seu trabalho "é mais espiritual do que político" está aos dois minutos e 40 segundos:

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