O presidente Jair Bolsonaro afirmou em live, na noite desta quinta-feira (28/01), que o grupo de 380 líderes evangélicos e católicos que pediu seu impeachment são de esquerda. "Olha como a imprensa noticia as coisas. 'Líderes religiosos assinam manifesto pedindo impeachment'. Quem lê pensa que são líderes evangélicos de que nós temos conhecimento. Até que se eles quiserem entrar, é direito deles, sem problema nenhum. Mas líderes evangélicos não representam nem 1% dos evangélicos, são todos aqueles grupos religiosos de esquerda", apontou.
Bolsonaro ressaltou que tem o apoio da maioria dos evangélicos. "Temos muitos evangélicos conhecidos em todo o mundo, e essa pessoas não estão nesta ação aqui que querem o impeachment do presidente. E baseado no quê? Algum tipo de corrupção nossa? Se acontecer, você tem um ministério grande [disse olhando para o ministro Tarcísio. Se isso acontecer, a gente vai para cima", observou, acrescentando que o governo adota medidas preventivas contra corrupção. "Preferimos a prevenção do que depois do leite derramado reclamar", emendou.
O presidente ainda minimizou o manifesto promovido pela Frente Ampla Cristã, assinado por entidades como a Comissão Nacional Justiça e Paz, ligada à CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), pela Aliança de Batistas do Brasil e pela Câmara Episcopal da Igreja Anglicana do Brasil. "Tentam o tempo todo atacar o governo como se tivesse perdendo apoio dos evangélicos. Tem muitos evangélicos que gostam de mim, muitos católicos, espíritas e outras religiões, ateus também, mas não tem nenhum movimento coordenado de líderes evangélicos pedindo impeachment meu", alegou.
Por fim, o mandatário ironizou os mais de 60 pedidos de processo de impedimento para afastá-lo. "Se pegar 40 pedidos de impeachment, bater no liquidificador e espremer, não dá nada", afirmou Bolsonaro.
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