O procurador-geral da República, Augusto Aras, informou ao Supremo Tribunal Federal (STF), que nove procedimentos foram abertos para apurar a conduta do presidente Jair Bolsonaro em relação à pandemia do novo coronavírus. A manifestação de Aras ocorreu em resposta a uma ação na Corte que questiona eventual omissão do presidente no combate ao avanço da doença.
O advogado Fábio Ribeiro acusa o presidente de cometer crimes e irregularidades enquanto a covid-19 avança nos estados. No entendimento do procurador-geral, o defensor não tem legitimidade para propor este tipo de ação. No entanto, em resposta a denúncia, o chefe do Ministério Público destaca que entre as ações, foi aberta uma apuração preliminar sobre a atuação do governo federal no Norte do país.
Na diligências, Bolsonaro e o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, devem ter suas ações avaliadas. Ambos são acusados de recomendar o uso de medicamentos sem eficácia científica comprovada contra o novo coronavírus.
Aras afirmou que tem sido “zeloso na apuração de supostos ilícitos atribuídos ao chefe do Executivo”. Como antecipou o Correio, o ministro Pazuello prestou depoimento na quinta-feira (4/2), à Polícia Federal, sobre sua conduta diante da falta de oxigênio em hospitais de Manaus, que entraram em colapso no mês passado.
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