Brasília-DF

por Denise Rothenburg
postado em 15/02/2021 21:24 / atualizado em 15/02/2021 21:48
 (crédito: Kleber/CB/D.A Press)
(crédito: Kleber/CB/D.A Press)

O limite do Centrão

As críticas do vice-presidente da Câmara, deputado Marcelo Ramos, ao decreto de ampliação das armas editado pelo presidente Jair Bolsonaro representam a marca no chão feita pela maioria do bloco que elegeu Arthur Lira para o comando da Casa. A ordem é trabalhar as reformas que permitam “vacina no braço e comida na mesa”, conforme o próprio Ramos respondeu aos bolsonaristas que o atacaram nas redes sociais por causa da avaliação sobre o decreto “adentrar numa competência exclusiva do Poder Legislativo”.

Nos bastidores, muitos integrantes do Centrão consideram que o recado está dado: Bolsonaro não contará com todo o bloco que elegeu Lira, se houver proposta de suspensão do decreto das armas e, de quebra, terá dificuldades em fazer valer no plenário a chamada pauta ideológica.

A hora da verdade

Passada a audiência do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, no Senado, aliados do Planalto vão apelar ao presidente do Senado que não instale a CPI para investigar as responsabilidades do governo federal sobre a pandemia e o colapso em Manaus. Os líderes do governo temem que uma investigação tumultue o ambiente político para a votação das reformas e do auxílio emergencial.

Santo de casa I

A iminente suspensão da aplicação de vacinas no Rio de Janeiro por falta de doses vai respingar no governo federal. Afinal, é onde o presidente Jair Bolsonaro tem seu berço político. Para a oposição, será um prato cheio.

Santo de casa II

Bolsonaro, porém, não ficará com essa batata quente no colo. Quem está no olho do furacão na saga das vacinas e no inquérito que apura o caso de Manaus é o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. Pressionado até pelo Centrão, que deseja o cargo. Nesse quadro, a CPI é o único flanco que pode tentar levar a crise para o lado de Bolsonaro. Daí, a preocupação do governo.

Novela sem fim

A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, determinou para sua equipe a meta de, ainda este ano, analisar ossadas encontradas há 30 anos numa vala comum em Perus. “Até meados deste ano, queremos entregar todos os resultados às famílias. É um absurdo não se ter uma resposta àqueles que perderam seus entes queridos”, diz.

CURTIDAS

Aécio, o retorno/ A tentativa do governador de São Paulo, João Doria, de expulsar o deputado Aécio Neves (foto) do PSDB terminou por restaurar a posição do parlamentar mineiro enquanto articulador político. Para quem, em fevereiro de 2019, mal circulava no plenário, agora a agenda vive cheia.

Muita calma nessa hora/ Voos mais altos, porém, só depois de vencer os processos a que responde na Justiça. O plano político é concorrer a um novo mandato de deputado federal por Minas Gerais.

E o Huck, hein?/ O empresário e apresentador começa a perder pontos entre seus apoiadores. Tem muita gente dizendo que, quando se esperava uma atitude mais firme por parte de Luciano Huck, ele não apareceu.

Pior dos mundos/ A pandemia revelou muitos horrores do Brasil. No topo da lista, fingir a vacinação de um idoso deixa aquela sensação de que a humanidade está no fim.

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