STF

Gilmar Mendes defende separação dos Poderes e diz: "Ditadura nunca mais"

Fala do ministro pode ser interpretada como uma reação a publicações do ex-comandante do Exército Eduardo Villas Bôas. Na segunda-feira, Edson Fachin disse que pressão sobre o Judiciário é "intolerável e inaceitável"

Victória Olímpio
postado em 16/02/2021 17:13 / atualizado em 16/02/2021 17:22
 (crédito: Nelson Jr./SCO/STF)
(crédito: Nelson Jr./SCO/STF)

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), defendeu nesta terça-feira (16/2) a harmonia institucional e o respeito entre os Poderes. "A harmonia institucional e o respeito à separação dos poderes são valores fundamentais da nossa República", afirmou o magistrado no Twitter.

Gilmar falou ainda sobre a falta de exemplo por parte de pessoas que estariam em uma posição de influência. Por fim, ele reforçou que o país não deveria enfrentar outra ditadura. "Ao deboche daqueles que deveriam dar o exemplo responda-se com firmeza e senso histórico: Ditadura nunca mais!"

Nesta segunda-feira (15/2), o ministro Edson Fachin também compartilhou uma nota falando sobre as pressões sobre o Judiciário. A fala foi interpretada como uma resposta aos posts de abril de 2018 do general Eduardo Villas Bôas, ex-comandante do Exército, feitos no mesmo dia em que a Corte julgaria um pedido de habeas corpus do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O ministro era relator do caso.

“Anoto ser intolerável e inaceitável qualquer forma ou modo de pressão injurídica sobre o Poder Judiciário. A declaração de tal intuito, se confirmado, é gravíssima e atenta contra a ordem constitucional. E ao Supremo Tribunal Federal compete a guarda da Constituição”, escreveu Fachin na nota.

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