Congresso

Deputado chama Guedes de 'canalha' e 'bandido' em votação da PEC

André Janones (Avante-MG) disparou críticas ao governo, que estaria agindo para deixar à Câmara o ônus de manter o auxílio emergencial em valor baixo. Governistas saem em defesa do ministro, mas parlamentar manteve o tom agressivo

Israel Medeiros
postado em 10/03/2021 23:02
André Janones (Avante-MG) -  (crédito: Câmara dos Deputados)
André Janones (Avante-MG) - (crédito: Câmara dos Deputados)

O debate da PEC Emergencial na Câmara dos Deputados ficou acalorado na noite desta quarta-feira (10). O deputado André Janones (Avante-MG) usou o tempo na tribuna para defender a volta do auxílio emergencial e dirigiu ofensas ao ministro da Economia, Paulo Guedes, chamando-o de "canalha e mau caráter".

"Prevejo, daqui a alguns dias, o presidente da República e o canalha e mau caráter do Paulo Guedes dizendo: 'Nós quisemos dar um auxílio de R$ 600, mas a Câmara dos Deputados estipulou um limite de R$ 44 bi. E por conta dos deputados que estão se lixando para o povo, somos obrigados a dar essa miséria de R$ 150", disse ele.

Governistas reagem

A fala irritou colegas da base do governo, como o caso de Darcide Matos (PSD-SC). "O deputado André, que começou seu pronunciamento, baixou o nível. O deputado tem que voltar à tribuna e retirar o que disse. Essa tribuna é sagrada, trata de temas que mudam muitas vezes a vida do povo brasileiro. Mesmo com divergências, temos que nos respeitar. Suas afirmações foram de ódio, de raiva. Afirmações covardes e eu sugiro que retire essa parte", afirmou.

O apelo foi reforçado por Neucimar Fraga, também do PSD. Mas André reiterou o que disse. "Não retiro e acrescento: para se respeitar, primeiro você se dá ao respeito. Quem chama o povo brasileiro de vagabundo e fala que se continuar pagando R$ 600, o povo não vai querer trabalhar, é canalha, mau caráter e bandido. Ele que venha se defender", afirmou Janones.

O deputado General Perternelli (PSL-SP) também saiu em defesa do ministro. "Com certeza os brasileiros se envergonham quando um de nós usa palavras de baixo calão contra uma autoridade brasileira. Independentemente da sigla partidária, ninguém pode atingir uma autoridade com palavras tão baixas desta forma", bradou.

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