Governo

'Trabalho de Pazuello está muito bem feito', diz Bolsonaro após troca

Presidente afirmou que vacinação em massa será política principal de enfrentamento à covid-19. Ele também elogiou o novo ministro, Marcelo Queiroga, e disse já conhecer seu trabalho de longa data

Israel Medeiros
postado em 15/03/2021 21:17
 (crédito: Isac Nobrega)
(crédito: Isac Nobrega)

O presidente Jair Bolsonaro dispensou o general Eduardo Pazuello do ministério da Saúde com elogios ao trabalho do militar. Após uma reunião de cerca de três horas com Marcelo Queiroga, o presidente anunciou o novo ministro e disse que ele tem condições para continuar o bom trabalho feito por Pazuello. "A conversa foi excelente, já o conhecia há alguns anos. Então não é uma pessoa que tomei conhecimento há poucos dias. E tem tudo, no meu entender, para fazer um bom trabalho, dando prosseguimento em tudo o que o Pazuello fez até hoje, no tocante às vacinas, um programa bastante ousado", disse.

Bolsonaro afirmou também que o Brasil é um dos poucos países em condições para produzir vacinas e, sob o comando de Queiroga, há grandes chances de o governo pôr em prática programas para diminuir o número de óbitos por covid-19. "O senhor Marcelo Queiroga, médico, também gestor, mas muito mais entendido na questão da saúde, vai fazer outros programas que interessem cada vez mais para nós diminuirmos o número de pessoas que venham a entrar em óbito por ocasião dessa doença que se abateu no mundo todo".

E prosseguiu: "Vale lembrar que o Brasil é o quinto país, em valores absolutos, que mais vacina no mundo. Então o trabalho do Pazuello está muito bem feito. E agora, vamos partir para uma parte mais agressiva no tocante ao combate ao vírus. Vai ser publicado amanhã no Diário Oficial da União e começa, então uma transição que vai demorar aí duas semanas", completou o mandatário.

Momento crítico

A troca no ministério vem no momento em que o Brasil se aproxima dos 280 mil mortos por covid-19, em uma clara guinada na política do governo federal no enfrentamento à pandemia. Bolsonaro, que já chamou a doença causada pelo novo coronavírus de "gripezinha" e falou contra vacinas, agora aposta nelas para sobreviver politicamente.

Seu posicionamento sobre medidas de restrição para evitar mais infectados e, consequentemente, mais mortes, continua o mesmo. O presidente segue criticando governadores que optam por fechar os comércios locais e punir aqueles que desrespeitam o distanciamento e o uso de máscara – medidas essenciais para diminuir a contaminação.

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