CORREIO TALKS

Bruno Funchal: antes de tudo, é preciso vacinar a população

Representando o ministro da Economia, Paulo Guedes, Bruno Funchal endossou a avaliação dos participantes do seminário de que o país enfrenta três grandes desafios neste momento: a pandemia de covid-19, a crise econômica e o risco fiscal

Marina Barbosa
» Simone Kafruni
postado em 24/03/2021 06:00
 (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A Press)
(crédito: Minervino Júnior/CB/D.A Press)

A vacinação contra a covid-19 é o que o Brasil mais precisa neste momento de agravamento da pandemia de covid-19, tanto para conter o avanço do novo coronavírus quanto para abrir caminho para a recuperação econômica e o ajuste fiscal. A avaliação é do secretário especial do Tesouro Nacional, Bruno Funchal, que fez a palestra de encerramento do Correio Talks.

Representando o ministro da Economia, Paulo Guedes, Bruno Funchal endossou a avaliação dos participantes do seminário de que o país enfrenta três grandes desafios neste momento: a pandemia de covid-19, a crise econômica e o risco fiscal. Porém ressaltou que é possível solucionar esses problemas por meio de uma única ferramenta: a vacinação contra a covid-19. “A vacinação é o melhor instrumento hoje para lidar com o problema da saúde pública, com o problema fiscal e a economia”, avaliou.

O secretário do Tesouro Nacional explicou que a imunização contra o novo coronavírus vai ajudar a conter a pandemia, que classificou como “um dos maiores desafios da história do país”. Ao mesmo tempo, permitirá a recuperação econômica e o retorno da consolidação fiscal. Funchal segue alinhado com o ponto de vista do ministro Paulo Guedes, que considera a imunização uma opção obrigatória para o “retorno seguro ao trabalho”, reduzindo a dependência dos brasileiros de programas que, hoje, têm um alto custo fiscal para o governo, como o auxílio emergencial.

“A aceleração do processo de vacinação é um instrumento que hoje endereça o problema da saúde pública; ajuda a economia, porque vacinando rápido, a economia volta de maneira mais acelerada, o PIB e a geração de emprego vão retomar; e ajuda na política fiscal porque, à medida que a economia retoma, a gente tem crescimento, volta a receita e reduz a pressão por programas que são necessários em período de pandemia”, declarou o secretário especial do Tesouro Nacional.

Agenda pós-vacina

Funchal considerou fundamental a união dos agentes públicos em torno da vacinação, assim como defendeu o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), na abertura do Correio Talks. Ainda em alinhamento com o ponto de vista de Pacheco, o secretário reverberou o apelo do setor produtivo e ressaltou que, garantida a vacinação contra a covid-19, é preciso avançar nas medidas estruturais que visam ao ajuste fiscal e o aumento da produtividade do país, como as reformas econômicas.

“O primeiro foco é a vacinação, para a retomada da economia. Depois, é voltar e continuar no avanço das reformas, olhando para o fiscal e para a produtividade, que está estagnada há décadas. Essas medidas são fundamentais para o cenário de médio e longo prazos”, afirmou o secretário.

Segundo ele, essa agenda é necessária para alavancar o crescimento do país no pós-pandemia porque “o equilíbrio fiscal é um meio para viabilizar políticas públicas e tornar o ambiente econômico atrativo para investimento e geração de emprego”. Reformas econômicas, insistiu Funchal, trazem regras claras e segurança jurídica que melhoram a produtividade do país.

O secretário do Tesouro Nacional elogiou a disposição do Congresso em avançar nas reformas, especialmente a tributária e a administrativa. “Essas pautas terão reflexo também na trajetória da dívida, que depende do fiscal e do crescimento econômico. Assim, o Brasil vai melhorar a perspectiva de crescimento”, defendeu. Para Funchal, a reforma administrativa modernizará o Estado e contribuirá com o ajuste fiscal, por meio da redução de despesas. A reforma tributária, por sua vez, simplificará o sistema brasileiro, com impacto positivo na produtividade da economia.

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