COVID-19

Bolsonaro: "Se eu for reinfectado, já sei o que meu médico vai receitar"

O mandatário ainda reclamou da política de lockdown adotada por governadores. "Se a política do "feche tudo" de forma radical continuar, a gente não sabe onde vai parar o nosso Brasil, aí", alegou

Ingrid Soares
postado em 25/03/2021 20:46
 (crédito: Isac Nobrega)
(crédito: Isac Nobrega)

Apesar de não citar diretamente as medicações cloroquina, ivermectina e nitazoxanida, o presidente Jair Bolsonaro voltou a defender o que chama de "tratamento precoce" na live transmitida pelas redes sociais nesta quinta-feira (25/03). Os remédios não têm ação comprovada contra a covid-19, mas o chefe do Executivo insiste na narrativa de que existem "alternativas". Segundo o presidente, caso seja reinfectado, afirmou saber que seu médico receitará o que lhe salvou no ano passado: o kit cloroquina.

"O que deve acontecer, no primeiro momento: quem sentir qualquer sintoma que possa ser covid, procure uma UBS, um hospital e converse com seu médico para ver o que ele vai receitar para você. Não tem um medicamento certo para isso ainda. De forma clara, né? Não existe medicamento para isso aí, mas o médico tem alternativas e pode salvar a sua vida com essa alternativa. Então o atendimento imediato é bem-vindo e necessário. Se eu, porventura, for reinfectado, eu já tenho meu médico aqui e já sei o que ele vai receitar para mim: o que me salvou lá atrás", apontou o presidente.

Bolsonaro também reclamou da política de lockdown adotada por governadores. "A economia, se parar, pessoal, se a política do “feche tudo” de forma radical continuar, a gente não sabe onde vai parar o nosso Brasil, aí", alegou.

Salário em casa

O presidente também lembrou visita realizada no último dia 20 na comunidade Chaparral, no Distrito Federal. Ele destacou que gostaria que governadores visitassem bairros periféricos locais para conferir a situação da população. Bolsonaro reforçou que trabalhadores informais não conseguem permanecer em casa sem salário, diferentemente de servidores públicos. Ele afirmou ainda que a medida seria diferente caso servidores ficassem sem o pagamento mensal.

"Vimos problemas lá. Eu gostaria que governadores, prefeitos, alguns devem, fazem com toda certeza, mas que a grande parte fosse visitar essas pessoas para ver como elas estão vivendo. Que nós aqui, por exemplo, um servidor público ficar em casa com um salário pingando todo mês não tem problema nenhum. Mas se fosse ficar em casa sem salário, obviamente essas pessoas, esses chefes do Executivo, seriam pressionados pelos respectivos servidores. E com toda a certeza, a medida seria diferente".

O mandatário ainda apresentou desconforto e episódios de tosse durante a live. "Deixo bem claro, nós queremos combater o vírus. Lá atrás, quando tínhamos ainda o Mandetta, o protocolo dele era o seguinte: “Fica em casa. Quando sentir falta de ar, vai para o hospital”. Eu questionei na época ele: "Vai para o hospital fazer o quê?”. “Para ser intubado”. Então, essa política, ao meu entender, não é a certa", concluiu.

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