LEI DE SEGURANÇA NACIONAL

PM prende cinco manifestantes em ato contra Bolsonaro na Esplanada

Militantes portavam cartaz com suástica para protestar contra o presidente, fazendo alusão do chefe do Executivo com o nazismo, o que gerou reação dos policiais. Na sátira, o presidente é chamado de "genocida"

A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) prendeu cinco manifestantes que protestavam contra o presidente Jair Bolsonaro, em Brasília, nesta quinta-feira (18/3). De acordo com nota da corporação, os manifestantes portavam um cartaz, com uma suástica, em alusão ao presidente da República. Na imagem, Bolsonaro era descrito como "genocida".

Os detidos foram encaminhados à Polícia Federal e, até a tarde desta quinta, permaneciam no local. Fontes ouvidas pelo Correio indicam que um dos presos é o manifestante conhecido como Rodrigo Pilha, que mantém críticas ao presidente em páginas da internet.

A PM afirma que os homens foram enquadrados na Lei de Segurança Nacional, criada durante o regime militar. "A Polícia Militar prendeu cinco homens por infringir a Lei de Segurança Nacional ao divulgar a cruz suástica associando o símbolo ao Presidente da República. O grupo foi detido, na manhã desta quinta-feira (18), quando estendia, na Praça dos 3 Poderes, a faixa chamando o Presidente de genocida ao lado do símbolo nazista", diz nota da corporação.

As prisões geraram reação imediata de deputados do PT e juristas, que foram até a Superintendência da PF, no Setor Policial Sul. Nos últimos dias, o uso da Lei de Segurança Nacional contra opositores do governo tem gerado críticas. Um dos alvos foi o youtuber Felipe Neto, que teve investigação aberta contra ele pela Polícia Civil do Rio. Mas as diligências foram suspensas pela Justiça por "flagrante ilegalidade".

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