O general João Francisco Ferreira tomou posse nesta quarta-feira (7) como diretor-geral da Itaipu Binacional, empresa pública paraguaio-brasileira que gere a usina hidrelétrica de Itaipu, localizada na divisa entre os dois países, no estado do Paraná. O evento, que ocorreu na sede da empresa em Foz do Iguaçu (PR), contou com a presença do presidente Jair Bolsonaro, de ministros, parlamentares e diversas autoridades.
A nomeação de Ferreira foi publicada mais cedo no Diário Oficial da União (DOU), com previsão de mandato até 16 de maio de 2022. Ele substitui o também general Joaquim Silva e Luna, que ficou no cargo por pouco mais de dois anos e, em fevereiro, foi indicado por Bolsonaro para ser presidente da Petrobras.
"Nos últimos 10 dias, estive imerso no ambiente da Itaipu, em contato direto com o diretor-geral, com os demais diretores, assessores e assistentes, recebendo informações completas e atualizadas sobre a empresa. Esse fato caracteriza muito bem o espírito dessa transmissão de cargo, que é o de dar continuidade ao trabalho que vem sendo muito bem conduzido pela atual diretoria, baseado em planejamento, metas, prazos, acompanhamento e, principalmente, austeridade na gestão dos recursos públicos".
João Francisco Ferreira é natural de Santa Maria (RS), se incorporou ao Exército no ano de 1966, na Escola Preparatória de Cadetes do Exército, em Campinas (SP). É bacharel em Ciências Militares pela Academia Militar das Agulhas Negras, onde se formou como oficial de infantaria no ano de 1972. Atuou no Comando Militar do Oeste e se formou na mesma turma de oficiais de seu antecessor, o general Silva e Luna. Foi ele, juntamente com o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, que indicaram Ferreira ao presidente para comandar Itaipu.
Inaugurada em 1973, a usina de Itaipu produz mais de 75 milhões de megawatts/hora de energia elétrica por ano. É considerada a maior produtora de energia elétrica do mundo e supre 12% de toda a demanda de energia elétrica do Brasil e mais de 90% da demanda do Paraguai.
Aeroporto
Antes da posse do novo diretor-geral de Itaipu, o presidente Jair Bolsonaro participou da inauguração da ampliação da pista do aeroporto internacional de Foz do Iguaçu. A pista ganhou 664 metros de extensão, passando de 2.194 metros para 2.858 metros, tornando-se a maior pista em aeroportos da Região Sul do Brasil. A ampliação vai permitir um maior fluxo de voos internacionais, que poderão decolar com mais segurança, já que a pista era considerada pequena para aeronaves de grande porte. A obra integra um pacote de investimentos da Itaipu Binacional no oeste do Paraná, em parceria com o governo do estado. Na pista, o investimento total foi de R$ 53,9 milhões, sendo 80% oriundos da Itaipu.
Além dessa obra, também foram entregues o novo pátio de manobras e a duplicação da via de acesso ao aeroporto. O aeroporto de Foz do Iguaçu também foi leiloado nesta quarta-feira juntamente com outros sete terminais na Região Sul: os aeroportos de Afonso Pena e Bacacheri, na região metropolitana de Curitiba, Navegantes (SC), Londrina (PR), Joinville (SC), Pelotas (RS), Uruguaiana (RS) e Bagé (RS).
O Bloco Sul foi arrematado pelo valor de R$ 2,128 bilhões, um ágio de 1.534% da proposta inicial mínima de R$ 130,2 milhões. O lance foi dado pela Companhia de Participações em Concessões, do grupo CCR.
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