POLÍTICA

Atrás de Bolsonaro e Lula, Kalil fica em terceiro em ranking de políticos

O prefeito de BH disparou ao bater de frente com o ministro do STF Kassio Nunes Marques sobre a liberação de cultos religiosos no pior momento da pandemia

Ana Mendonça*/Estado de Minas
postado em 08/04/2021 22:51 / atualizado em 08/04/2021 22:51
 (crédito: Agência Brasil/Reprodução e Alexandre Guzanshe/EM/DA PRESS))
(crédito: Agência Brasil/Reprodução e Alexandre Guzanshe/EM/DA PRESS))

Apenas atrás do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) – empatados tecnicamente em primeiro lugar –, o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), ficou em terceiro lugar em um ranking de popularidade digital entre 13 nomes da política nacional.

Os dois pré-candidatos à presidência estão em posição de empate técnico: Bolsonaro com 63,3 pontos e Lula com 61,1.

Mas o que chamou atenção, foi o nome do prefeito de BH. Das 13 figuras monitoradas, Alexandre Kalil disparou ao bater de frente com o ministro do STF Kassio Nunes Marques sobre a liberação de cultos religiosos no pior momento da pandemia.

Nesta quinta-feira (8/4), a maioria do STF decidiu restringir os cultos, indo contra a decisão do ministro indicado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Na pesquisa, feita pela consultoria Quaest e divulgada nessa segunda-feira (5/3), Kalil aparece com 45,9 pontos, à frente de possíveis presidenciáveis como Ciro Gomes (PDT), com 36,3; Huck (sem partido), com 29,7; Sergio Moro (sem partido), com 23,1; e João Doria (PSDB), com 19,7.
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O prefeito de Belo Horizonte vem ganhando mais popularidade devido à gestão firme durenta a pandemia de COVID-19. Kalil vem implantando medidas restritivas na capital mineira, procurou comprar vacinas e foi de encontro aos posicionamentos negacionistas de Bolsonaro.

Apesar de ser avesso às redes sociais, quando o assunto é popularidade de prefeitos, o ex-presidente do Atlético tem quase o dobro de popularidade nas redes que o segundo colocado, o prefeito do Rio, Eduardo Paes (DEM) – que voltou a ocupar a prefeitura carioca depois de já ter assumido dois mandatos na cidade.

Kalil x Nunes Marques


No sábado (3/4) passado, o ministro Nunes Marques autorizou celebrações religiosas com a presença de fiéis mesmo após governadores e prefeitos determinarem o fechamento de templos, numa tentavida de conter a disseminação do novo coronavírus.

Em sua decisão, Nunes Marques disse que a abertura de templos deveria ser feita “de forma prudente e cautelosa, com respeito a parâmetros mínimos que observem o distanciamento social e que não estimulem aglomerações desnecessárias”.

A ação do ministro teve muita repercussão. As mais comentadas foram a do governador de São Paulo, João Doria, e a do prefeito de Belo Horizonte.

Logo após a decisão de Nunes Marques, Kalil foi às redes sociais dizer que "cultos e missas" estavam proibidos, pois o que valia era "o decreto da prefeitura".

No domingo de Páscoa, porém, Kalil afirmou que iria cumprir a determinação do STF. “Por mais que doa no coração de quem defende a vida, ordem judicial se cumpre. Já entramos com recurso e aguardamos a manifestação do presidente do Supremo Tribunal Federal”, escreveu no Twitter.

Dois dias depois, o também ministro do STF Gilmar Mendes vetou eventos religiosos em São Paulo e enviou o caso para deliberação da Corte.

Em decisão na segunda-feira (5/4), Gilmar Mendes afirmou que “apenas uma postura negacionista” permitira uma “exceção” às regras sanitárias para cultos religiosos. O ministro reclamou que a “ideologia” tem tomado o lugar dos dados cientificamente comprováveis.
Na tarde desta quinta-feira (8/4), a maioria do STF decidiu a restrição em todo o país.

*Estagiária sob supervisão da subeditora Kelen Cristina

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