Barrar a CPI é missão quase impossível
O governo terá dificuldades em promover a retirada de assinaturas da CPI da Covid porque, somados os independentes e os oposicionistas, são 29 senadores que consideram necessário investigar por que o país chegou a essa situação de quase 350 mil mortos — ou seja, mais do que toda a população do Plano Piloto ou três vezes a população de Águas Claras. Diante dessa perspectiva de fracasso no plano A, o plano B é atrasar ao máximo a instalação, o que não será muito difícil, porque é preciso a leitura do pedido em plenário e há, ainda, a perspectiva de análise pelo conjunto dos ministros do STF. Enquanto isso, o governo trabalhará na difusão de cuidados que devem ser tomados para se evitar a propagação do vírus, tentará ampliar a vacinação e adotará medidas mais políticas — como o afastamento do assessor internacional Filipe Martins, caso ele seja mesmo indiciado no caso do gesto obsceno e de duplo sentido, feito no Senado, atrás do presidente Rodrigo Pacheco (DEM-MG).
O nó das vacinas I
A União Nacional de Legisladores e Legislativos Estaduais (Unale) levou deputados estaduais de 10 unidades da Federação para uma reunião na Embaixada da China. Os parlamentares pediram aos diplomatas orientação sobre como os governadores podem comprar imunizantes diretamente naquele país. O ministro conselheiro Qu Yuhui, que os atendeu, foi sincero: vão manter as entregas do que já foi contratado, mas ampliar a remessa de imunizantes, a partir de novos pedidos, somente a partir do segundo semestre.
O nó das vacinas II
Parlamentares de Distrito Federal, Goiás, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Bahia, Maranhão, Pará, Sergipe, Rio Grande do Sul e Espírito Santo saíram preocupados com a perspectiva de que, em algum momento, faltará vacinas para acelerar a vacinação este semestre.
Não mexe com Guedes
Novas reformas no primeiro escalão, para fatiar o Ministério da Economia e criar outras pastas a fim de acomodar senadores, não estão nos planos palacianos neste momento. Mas a ordem é de toda deferência ao Senado, sem alterar a estrutura de Paulo Guedes.
Por falar em Guedes…
Após a retomada da tensão entre o ministro da Economia e o do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, a negociação necessária à sanção do Orçamento voltou uma casa. Se o Poder Executivo não afinar o discurso, vai ficar difícil convencer o Parlamento a chancelar qualquer acordo.
Bolsonaro, porém, não vai deixar de lado seu discurso aos apoiadores contra a CPI e com insinuações sobre a necessidade de impeachment dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Só tem um probleminha: quanto mais tensionar, mais difícil será acalmar o cenário e
jogar a comissão de inquérito para escanteio.
A hora do Distrito Federal/ O secretário de Economia do Distrito Federal, André Clemente (foto), esteve no gabinete da ministra da Secretaria de Governo, Flávia Arruda, para saber das emendas que estão em atraso na liberação. Há restos a pagar desde 2017 que ainda não foram liquidados.
Toque feminino I/ No gabinete da ministra Flávia Arruda, vão sair as referências militares e entrar as de Brasília. A ideia é decorar o ambiente com flores do Cerrado e fotos da cidade.
Toque feminino II/ Desde a chegada da nova ministra, o uso de máscaras nas dependências da Segov é obrigatório. Bem como frascos de álcool em gel em quase todas as mesas. Antes, o acessório não era cobrado.
Reforço na segurança/ O STF colocou vidros à prova de bala. Sabe como é: diante da tensão entre o governo federal e a Corte, os ministros resolveram se precaver.
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