Brasília-DF

por Denise Rothenburg deniserothenburg.df@dabr.com.br

Correio Braziliense
postado em 20/04/2021 22:53
 (crédito: Antonio Cruz/Agência Brasil - 16/4/19)
(crédito: Antonio Cruz/Agência Brasil - 16/4/19)


Sanção do Orçamento reacende disputa dentro do governo
Sancionado o Orçamento da União, volta à cena a disputa entre ministros. De um lado, os da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas; e do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho (fotos), ávidos por obras que mostrem o governo realizador. Na outra ponta do ringue, o da Economia, Paulo Guedes, cuidará de reter os recursos na boca do caixa, de forma a segurar o Orçamento para as despesas obrigatórias.

Até aqui, Guedes levou a melhor em praticamente todos os embates. Porém, quanto mais perto estiver do período eleitoral, mais difícil será evitar a pressão por gastos. E o sótão que o governo criou ao retirar mais uma fatia dos recursos do teto de gastos ajudou a distensionar o clima no Parlamento, mas não melhorou o relacionamento dentro do Executivo, onde a tensão continua.

 

MDB em duas canoas
A escolha de Renan Calheiros para relatar a CPI da Covid coloca os emedebistas num distanciamento seguro do governo do presidente Jair Bolsonaro. Assim, caso o chefe do Planalto não se recupere a ponto de vencer a eleição do ano que vem, o MDB tem uma ponte a seguir rumo a alianças com a esquerda.

 

Eles que expliquem
Quando algum “governista raiz” quer saber de senadores aliados ao governo se há espaço para mudança do relator, a resposta é sempre a mesma: pergunte aos líderes do governo. Ambos são do MDB — Fernando Bezerra Coelho (PE) e Eduardo Gomes (TO) — e não impediram que o próprio partido escolhesse Renan Calheiros para relatar a CPI da Covid. Conforme o leitor assíduo da coluna já sabe, o futuro presidente do colegiado, Omar Aziz (PSD-AM), não mudará a indicação do MDB.

 

Dois discursos, um governo
Na mesma reunião com os empresários em que o presidente Jair Bolsonaro criticou o abre-fecha do comércio por governadores e prefeitos, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, defendeu o distanciamento social.

 

É o que tem para hoje
O empresariado sabe que, enquanto não houver vacinas para todos e o sistema de saúde continuar pressionado, não há muito o que fazer a esse respeito, a não ser redobrar os cuidados, evitando aglomerações. Novas vacinas virão, mas ainda vai levar um tempo. Aliás, os especialistas em imunizante mundo afora têm dito que a maioria dos países conseguirá vacinar cerca de 25% da sua população este ano.

 

CURTIDAS

 

Impeachment unificado.../ Os presidentes de partidos de oposição ao governo Bolsonaro querem a unificação dos pedidos de impeachment que correm na Câmara dos Deputados, que hoje superam a casa da centena.

 

… e encorpado/ A ideia é chamar, também, organizações civis que representaram contra Bolsonaro. A primeira reunião está marcada para esta sexta-feira, às 14hs, pela plataforma Zoom.

 

Quem chama/ Assinam a convocatória os presidentes de PV, José Luiz Penna; PSB, Carlos Siqueira; PT, Gleisi Hoffmann (foto); PDT, Carlos Lupi; PCdoB, Luciana Santos; Cidadania, Roberto Freire; PSol, Juliano Medeiros; da UP, Leonardo Péricles; e do presidente da UP; além de Heloísa Helena e Wesley Diógenes, porta-vozes da Rede Solidariedade.

 

Procurador musical/ O procurador Antônio Carlos Bigonha comemora hoje, com uma live às 17h, o aniversário de 20 anos do show “Saudades de Brasília”. Desta vez, “feito em casa”, com a participação dos filhos, Antônio, Márcio e Roberto. O ingresso é uma doação em www.eventbrite.com.br, que dá direito a um link de acesso.

 

Paradinha/ A coluna desta quinta-feira estará a cargo do nosso editor Carlos Alexandre. Eu vou aproveitar o feriado, descansando a cabeça das tensões políticas. Bom feriado a todos.

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