COVID-19

Bolsonaro: "Quando o último brasileiro tomar a vacina, eu tomo"

Ao lado de Ramos, o presidente disse que tem que "dar o exemplo": "O meu exemplo é esse. É deixar, já que não tem vacina para todo mundo ainda, que tomem na minha frente"

Ingrid Soares
postado em 28/04/2021 11:51 / atualizado em 28/04/2021 11:53
 (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A Press - 5/4/21)
(crédito: Minervino Júnior/CB/D.A Press - 5/4/21)

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira (28/4) que tomará a vacina contra a covid-19 após o "último brasileiro" receber o imunizante. A declaração foi feita na saída do Palácio da Alvorada a simpatizantes, ao criticar a instalação da CPI da covid. O mandatário repetiu ainda defesa à cloroquina, que não possui eficácia comprovada contra o vírus, e apontou que caso seja diagnosticado novamente com a doença, tomará o mesmo remédio.

Ele emendou ter se "safado em menos de 24 horas" usando a medicação. Na ocasião em que recebeu diagnóstico positivo para a doença, Bolsonaro passou cerca de 15 dias em quarentena, despachando por videoconferência na residência oficial.

"A CPI vai investigar o quê? Eu dei dinheiro para os caras. No total foram mais de R$ 700 billhões. Auxílio emergencial no meio. Muitos desviaram dinheiro, roubaram. Agora tem uma CPI para querer investigar conduta minha? "Ah, se ele foi favorável a cloroquina ou não". Se eu tiver um novo vírus aí, eu vou tomar de novo. Me safei em menos de 24h, assim como milhões de pessoas. Quando o último brasileiro tomar vacina, eu tomo", destacou.

Segundo ele, por ser o presidente da República, tem que "dar o exemplo". "Tem gente apavorada. Então, toma a vacina na minha frente. Eu sou chefe de Estado e tenho que dar exemplo. O meu exemplo é esse. É deixar, já que não tem vacina para todo mundo ainda, o mundo inteiro não tem vacina ainda, tome na minha frente. Sempre foi assim. Sou o último a 'comer no quartel", emendou.

Lula

Por fim, o presidente disse não estar preocupado com política, mas repetiu ataques ao ex-presidente Lula que agora está elegível.

"Eu não estou preocupado com política. Quem decide são vocês. Mas votar num cara com um passado desses... Não tem cabimento. No BNDES foi meio trilhão de reais. Alguns relatores devolveram bilhões de reais. O cara fez obras em várias ditaduras do mundo todo. Não é o suficiente?", questionou.

 

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