INVESTIGAÇÃO

Moraes manda PF ouvir empresas que dispararam mensagens em massa

Magistrado aponta que ações que correm no TSE contra a prática podem ter informações relevantes para investigar fake news e ataques contra o Supremo

Renato Souza
postado em 30/04/2021 10:55
 (crédito: RosineiCoutinho/SCO/STF)
(crédito: RosineiCoutinho/SCO/STF)

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a Polícia Federal realize a oitiva de representantes de empresas acusadas de realizar disparos em massa de mensagens durante as eleições de 2018. A decisão ocorreu no âmbito do inquérito que investiga fake news e ataques contra o Supremo.

Moraes determinou, também, que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) compartilhe com o Supremo informações de Ações de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) que tramitam na Corte sobre os disparos em massa. De acordo com o magistrado, os fatos são conexos e é necessário entender o "modus operandi" dos crimes.

No despacho, Moraes destaca que a oitiva dos nomes apontados deve ocorrer em até 15 dias. Devem depor: Hans River do Rio Nascimento, ex-funcionário da Kiplix; Marco Aurélio Carvalho, sócio da AM4; Lindolfo Antonio Alves Neto, sócio da Kiplix e daYacows; Flávia Alves, sócia da Kiplix e da Yacows; Peterson Rosa Querino, ex-sócio da APP Mobile Desenvolvimento Multimídia Eirelli; José Como Pereira Filho, titular de 100% das quotas da Quick Mobile; e Rebeca Felix da Silva Ribeiro Alves, ex-funcionária daAM4.

As investigações abertas no TSE podem resultar na cassação da chapa do presidente Jair Bolsonaro e do vice, Hamilton Mourão. Julgamento não tem prazo para ocorrer.

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