DEFESA

Braga Netto diz que Forças Armadas continuarão a defender a pátria

Empossado como ministro da Defesa nesta terça-feira (6/4), general garante que trabalho da pasta "não muda nada" com a sua chegada

O general Walter Braga Netto foi oficializado como ministro da Defesa nesta terça-feira (6/4). Ele substitui Fernando Azevedo e Silva, exonerado pelo presidente Jair Bolsonaro na semana passada. Na cerimônia de posse, que aconteceu em um evento reservado no Palácio do Planalto, Braga Netto garantiu que não vai interferir no trabalho das Forças Armadas.

"O trabalho continua. Não muda nada. A Defesa continua com a missão constitucional de defesa da pátria e dos Poderes constitucionais", ressaltou o ministro. E acrescentou que, por orientação de Bolsonaro, o ministério vai trabalhar "dentro das quatro linhas da Constituição".

Ao anunciar a troca de Fernando Azevedo por Braga Netto no Ministério da Defesa, Bolsonaro revoltou militares das três Forças Armadas. O desgaste foi tão grande que, em uma atitude inédita, os comandantes da Marinha, da Aeronáutica e do Exército renunciaram dos postos.

No dia em que foi exonerado do ministério, Fernando Azevedo escreveu uma carta de despedida na qual ressaltava o fato de ter preservado as Forças Armadas como instituições de Estado no período à frente da pasta.

As palavras de Braga Netto durante a posse foram uma tentativa de amenizar o clima, pois há um temor entre os militares de que as três instituições sejam utilizadas para satisfazer os interesses políticos de Bolsonaro.

"A Defesa estará pronta, presidente, a cumprir o que o senhor determinar, como comandante em chefe, e conforme a sua própria orientação, dentro do que prevê a Constituição", salientou Braga Netto.

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