EMBATES

Bolsonaro diz que "sem voto impresso, não tem eleição em 2022"

Presidente disse que o Brasil é uma "republiqueta" e defendeu que parlamentares aprovem projeto para implantar a impressão dos votos

Renato Souza
postado em 06/05/2021 19:47 / atualizado em 06/05/2021 19:52
 (crédito: Reprodução/RedesSociais)
(crédito: Reprodução/RedesSociais)

Em declarações na noite desta quinta-feira (6/5), o presidente Jair Bolsonaro chamou o Brasil de "republiqueta" por realizar eleições por meio eletrônico. Disse ainda que, se o Congresso aprovar voto impresso, esta será a maneira de realização das eleições de 2022, ou "não terá eleição". O chefe do Executivo atacou ainda o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).

Bolsonaro afirmou que nas próximas eleições deve ser adotado o modelo de voto impresso. A hipótese é rechaçada por ministros do TSE, que alegam o alto custo da operação e defendem a segurança do sistema eletrônico de votação. O chefe do Executivo disse que, se aprovada no Congresso, a medida será aplicada. “Ele é o dono do mundo, o Barroso. Ninguém mais aceita esse voto que tá ai. A única republiqueta do mundo que aceita isso daí é a nossa. Se o parlamento brasileiro aprovar e promulgar, vai ter voto impresso em 2022 e ponto final. Se não tiver voto impresso, não vai ter eleição”, disse Bolsonaro.

Além de defender o voto impresso, o presidente voltou a dizer que pode editar um decreto para impedir a aplicação de restrições de circulação por governadores e prefeitos. De acordo com ele, caso o decreto seja publicado, o STF não poderá revogar. “Esse decreto, o Supremo não pode contestar. O Supremo é defensor da Constituição. Se eu baixar o decreto, será cumprido. Todos os ministros vão cumprir. O artigo 5º da Constituição está nas cláusulas pétreas", disse.

“Será que está na hora de eu baixar o decreto, garantir o direito de ir e vir do cidadão, direito de trabalho, direito de culto? Se for necessário, nós vamos fazer esse dai”, completou o presidente. O Supremo não se manifestou sobre as declarações.

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