O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin enviou nesta sexta-feira (7/5) à Procuradoria-Geral da República (PGR) um ofício falando sobre a operação policial no bairro de Jacarezinho, no Rio de Janeiro, onde 25 pessoas foram mortas, dentre elas um policial civil. O magistrado enviou um ofício e vídeos enviados pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) que mostrariam atos na operação.
"Os fatos relatados parecem graves e, em um dos vídeos, há indícios de atos que, em tese, poderiam configurar execução arbitrária", escreveu. Fachin pediu para que o procurador-geral, Augusto Aras, o mantenha informado sobre as medidas tomadas e eventuais responsabilizações "dos envolvidos nos fatos constantes do vídeo". O ministro também enviou o ofício para a Procuradoria-Geral de Justiça do Rio de Janeiro.
Um dos vídeos mostra homens com roupas camufladas e coletes pretos entrando em uma casa e executando um homem que estava deitado no chão. Ele se identificam como policiais. O vereador de Porto Alegre Leonel Radde (PT) publicou em seu Twitter sobre um vídeo com as mesmas características que está circulando, mas que as imagens não foram gravadas no RJ e, sim, no Rio Grande do Sul, por criminosos fantasiados de policiais.
Existe um vídeo sendo distribuído em grupos de Whats em que homens encapuzados, com roupas camufladas e coletes pretos executam um indivíduo deitado no chão. Esse vídeo NÃO É DO RJ. É de uma execução realizada por CRIMINOSOS fantasiados de policiais aqui no RS.
— Leonel Radde (@LeonelRadde) May 7, 2021
No ano passado, o STF suspendeu a realização de ações policiais em comunidades do Rio Janeiro durante a pandemia da covid-19.
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