Frustrações à frente
As falhas do governo na divulgação do novo auxílio emergencial, pago desde abril, despontam como o tema mais importante para o governo correr atrás, a fim de evitar nova corrosão da popularidade presidencial. É que mais da metade daqueles que voltaram a receber o benefício creem que o pagamento será mantido até dezembro ou até 2022, enquanto apenas 11% acham que vão apenas até julho, conforme consta na legislação que instituiu o auxílio.
Os dados estão na nova pesquisa Exame/Idea Big Data, divulgada esta semana e preocupa aliados e ministros. Afinal, chegam a 41% os que esperam a manutenção do benefício até dezembro e 11% aqueles que contam com o dinheiro até 2022.
O desgaste de Wajngarten
O ex-secretário de Comunicação de Jair Bolsonaro Fábio Wajngarten corre o risco de ser chamado de “lobista da vacina” por aliados do presidente. No Palácio do Planalto, tem muita gente chateada com a entrevista à Veja, na qual ele mencionou o esforço feito pela compra de um imunizante que, segundo os governistas, o país naquele momento não tinha condições de adquirir.
Depois dos rodoviários…
A Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) enviou carta ao Ministério da Saúde pedindo uma data para vacinar os caminhoneiros. Até aqui, a inclusão da categoria entre as prioridades ficou
apenas no discurso.
… a fila cresceu
Esta semana, no DF, os rodoviários fizeram uma paralisação para forçar a inclusão na lista de prioridades. O receio é de que os caminhoneiros sigam pelo mesmo caminho.
Enquanto isso, na Câmara…
A defesa do voto impresso por Bolsonaro não significa que será aprovada. O presidente da Casa, Arthur Lira (Progressistas-AL), só colocará em pauta se a maioria dos líderes assim decidir.
Sempre pode piorar
O caso das mortes na operação na favela do Jacarezinho, no Rio de Janeiro, preocupa alguns diplomatas e parlamentares. É mais um ponto para desgastar a imagem do Brasil no exterior que vai se somar às questões ambientais e à gestão da pandemia.
Lockdown & política I/ Depois de receber uma visita do governador de Rondônia, Marcos Rocha (PSL), Bolsonaro (foto) gravou uma mensagem parabenizando pela ausência de lockdown e outras medidas restritivas no estado. Ontem, na inauguração da ponte, o constrangimento foi geral, porque Rocha adotou medidas de distanciamento social no estado.
Lockdown & política II/ Ontem, ao mesmo tempo em que a linha mais próxima ao palanque aplaudia e citava o nome de Rocha enquanto discursava, os bolsonaristas que estavam mais para o fundo da multidão, a maioria pequenos comerciantes, gritavam “mentiroso, mentirosooooo”.
Por falar em tumulto.../ Bolsonaro voltou a repetir frases polêmicas sobre o decreto que planeja editar e criticou a CPI da Covid. No geral, a turma mais ligada ao presidente tem dito que esse comportamento não vai mudar. Assim, muitos analistas gastam horas criticando o que o presidente diz e deixam de lado comentários sobre os problemas reais que o governo enfrenta.
… ele não vai parar/ Além de manter as falas, Bolsonaro também pretende fazer mais viagens pelo país. É para manter as imagens no meio do povo em plena pandemia. A visão de Bolsonaro é de que, apesar dessa situação, ele vai para o meio das pessoas, sem medo. A oposição, por sua vez, se mostra disposta a acompanhar essas agendas para verificar se há aumento do número de casos de covid depois da aglomeração que as visitas presidenciais provocam.
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