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Bolsonaro fala em "guerra comercial" sobre críticas externas ao país

Presidente volta a minimizar ameaças de países europeus e afirma que o PL da Grilagem está na "iminência" de ser votado na Câmara dos Deputados

Rosana Hessel
postado em 14/05/2021 00:49
 (crédito: AFP / EVARISTO SA)
(crédito: AFP / EVARISTO SA)

O presidente Jair Bolsonaro classificou como “guerra comercial” as críticas internacionais às queimadas na Amazônia e ao projeto de lei que regulariza a ocupação fundiária, conhecido como o PL da Grilagem. 

"Tem certos países da Europa que nos critica o tempo todo porque é uma guerra comercial”, afirmou Bolsonaro, nesta quinta-feira (13/05), durante a transmissão semanal ao vivo nas redes sociais. 

Há duas matérias tratando do assunto tramitando no Congresso, o PL 2633/2020, da Câmara dos Deputados, e o PL 510/2021, no Senado Federal, e, segundo ele, o primeiro deverá avançar mais rapidamente.

De acordo com o mandatário, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) deu sinalização positiva para pautar a matéria. “Tivemos hoje com o Arthur Lira e ele está na iminência de colocar em votação o projeto que trata do código ambiental. E isso é muito bem vindo para o Brasil”, disse Bolsonaro. Ele contou que, nesta sexta-feira (14/05), viaja para o Mato Grosso do Sul onde entregará títulos de propriedade para agricultores.

“O Brasil é um dos países que mais preservam no mundo e somos atacados porque há uma guerra em cima das commodities”, reforçou. 

A minimizar as críticas ao desmatamento recorde na Amazônia e as ameaças de boicote às commodites brasileiras feita pelos europeus se o PL da Grilagem for aprovado, o presidente voltou a comparar o Brasil com outros países em termos de reservas ambientais e emissões, para mostrar que o país polui menos do que as economias desenvolvidas.

Ao lado do ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, o presidente disse que o Brasil é responsável por menos de 3% das emissões de gás carbônico no planeta, porque “metade é de queimadas”. Enquanto isso, segundo eles, a China é responsável por 30%, os Estados Unidos, por 15%, a Índia e a Europa, por 7%. 

De acordo com o presidente, queimadas são algo comum em países com grandes áreas de florestas, como é o caso do Brasil, porque elas acabam sendo inevitáveis. "Não adianta ficar com o beiço torto. Vai acontecer”, completou.

Na madrugada desta quinta-feira, a Câmara aprovou um projeto de lei que muda as regras de licenciamento ambiental que foi criticada por ambientalistas. 

 

 

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