CPI DA COVID-19

Economia diz que não alocou mais recursos por não prever agravamento da pandemia

Pasta do governo federal enviou ofício à CPI no Senado informando que não indicou recursos para o combate à covid-19 no orçamento de 2021 porque não vislumbrou "recrudescimento da pandemia no patamar atingido" neste ano, apesar de alerta de especialistas

Sarah Teófilo
postado em 14/05/2021 20:55
 (crédito: Nelson Almeida/AFP - 20/5/20)
(crédito: Nelson Almeida/AFP - 20/5/20)

O Ministério da Economia informou, em ofício enviado à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, no Senado, que não indicou recursos para o combate à covid-19 no Projeto de Lei Orçamentária de 2021 porque não vislumbrou “recrudescimento da pandemia da covid-19 no patamar atingido em 2021”. A informação foi repassada à CPI após requerimento do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE).

A pasta afirmou que cabe a cada ministério, responsáveis pelas políticas públicas, solicitar ao Ministério da Economia “o cadastramento de novas ações orçamentárias com vistas à suportar os gastos com essas políticas inclusive ações específicas destinadas ao combate à pandemia da covid-19”.

“Não obstante à competência originária dos Ministérios Setoriais em propor a criação de ações orçamentárias para atendimento de suas políticas, a previsão de alocação de dotação orçamentária para combate à COVID-19, no momento da elaboração do PLOA 2021, pelo Poder Executivo, em 2020, tornou-se incerta uma vez que naquele momento não se vislumbrou a continuidade bem como o recrudescimento da pandemia da COVID-19 no patamar atingido em 2021”, afirmou.

A pasta ainda pontuou que a pandemia “tornou-se fenômeno de imprevisibilidade originária e de imprevisibilidade contínua e intrínseca pelo grande número de variáveis incidentes sobre a calamidade enfrentada, inclusive com diferenças regionais significativas e dessincronizadas no vasto território nacional”. “É fundamentalmente por esse motivo que as dotações específicas para o combate à pandemia foram, ao menos em regra, veiculadas por créditos extraordinários”, ressaltou.

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