Prefeito de São Paulo

Morre Bruno Covas, prefeito de São Paulo, aos 41 anos

Prefeito de 41 anos estava em tratamento contra um câncer no trato digestivo desde 2019

Correio Braziliense
postado em 16/05/2021 10:04 / atualizado em 16/05/2021 12:34
 (crédito: AFP / Nelson ALMEIDA)
(crédito: AFP / Nelson ALMEIDA)

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), morreu neste domingo (16/5), aos 41 anos. O falecimento ocorreu às 8h20 e foi confirmado em nota pelos médicos Luiz Francisco Cardoso e Ângelo Fernandez, do hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, onde Covas estava internado.

De acordo com o comunicado, Covas morreu "em decorrência de um câncer da transição esôfago gástrica, com metástase ao diagnóstico, e suas complicações após longo período de tratamento."

O velório será restrito à família e está previsto para acontecer às 13h.

Na sexta-feira (14/5), os médicos informaram que o quadro de saúde de Covas era irreversível. Familiares acompanharam os últimos dias do prefeito no hospital. O câncer do político começou na cárdia (a transição entre o fígado e o esôfago), sofreu metástase e se espalhou por outras partes do corpo. Ele chegou a exercer o segundo mandato, ao ser reeleito no ano passado.

Luta contra o câncer

Prefeito licenciado de SP, Bruno Covas
Prefeito licenciado de SP, Bruno Covas (foto: Reprodução/Rede social)

Covas descobriu o câncer em outubro de 2019. À época, ele fazia exames para investigar o surgimento de uma trombose, mas os procedimentos apontaram a existência de três tumores — um no fígado, um na cárdia e outro nos gânglios linfáticos. Os médicos atacaram a doença com os tratamentos de imunoterapia e quimioterapia, e dois dos três ferimentos chegaram a desaparecer.

Em fevereiro deste ano, a equipe médica de Covas identificou um novo tumor no fígado, e o prefeito retornou à quimioterapia. Entretanto, ao longo dessa nova etapa do tratamento, a doença se mostrou mais agressiva, se espalhando para outros pontos do fígado e alguns ossos do político. Foi constatado que o prefeito tem cinco tumores no fígado, um na estrutura da bacia e outro na coluna vertebral.

No início deste mês, Covas foi internado para realizar exames de sangue, de imagem e endoscópico, com o objetivo de prosseguir com o tratamento quimioterápico e imunoterápico contra o câncer. Durante o procedimento, foi constatada uma hemorragia no estômago, e ele teve de ser intubado para conter o sangramento.

A equipe médica contornou o problema e Covas foi extubado, mas resíduos do sangramento foram identificados dias depois, sendo necessário que o político fosse submetido a sessões de radioterapia para o controle da hemorragia.

Repercussão

A morte precoce de Bruno Covas repercute entre políticos e instituições neste domingo (16/5). O PSDB, partido que Bruno Covas fazia parte, lamentou a morte do prefeito. Por meio das redes sociais, a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) também manifestou pesar pelo falecimento do tucano. João Doria, governador de São Paulo, agradeceu a parceria dos últimos anos com Covas e desejou forças à família e amigos do político. Confira as principais reações:


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