Os senadores que integram a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da covid-19 ainda não têm um acordo sobre a convocação do vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (Republicanos), filho do presidente da República, Jair Bolsonaro. “Não temos nada em relação ao Carlos Bolsonaro”, disse o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) ao ser questionado. Ao Correio, o parlamentar disse que não há uma “obsessão” em convocar o vereador e que a proposta ainda será melhor avaliada.
O nome do vereador foi citado na CPI pela primeira vez pelo ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta. Em depoimento, ele afirmou que Carlos costumava participar de reuniões ministeriais no Palácio do Planalto. "Em diversas reuniões no Palácio do Planalto, o vereador, filho do presidente da República, estava presente, tomando nota", afirmou.
Depois, o filho do presidente, que não tem cargo no Executivo federal, foi citado no depoimento do presidente da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo. Segundo ele, Carlos Bolsonaro participou de uma reunião com a farmacêutica no Palácio do Planalto em dezembro do ano passado. O encontro, no dia 7 de dezembro, foi lembrado pelo ex-secretário de Comunicação Fábio Wajngarten, que depôs um dia antes de Murillo, mas ele não citou Carlos Bolsonaro.
Segundo o executivo da Pfizer, a reunião ocorreu a pedido de Wajngarten, que queria esclarecimentos quanto aos entraves para firmar o contrato de compra de imunizantes. Também participou do encontro o assessor internacional da Presidência da República, Filipe Martins.
Após os depoimentos, os senadores petistas Humberto Costa (PE) e Rogério Carvalho (SE) protocolaram um requerimento solicitando a convocação do 02. A justificativa é de que se faz necessário investigar a formação de uma assessoria paralela que estaria aconselhando o presidente Jair Bolsonaro na tomada de decisões no âmbito da pandemia.
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