Auxílio emergencial

Presidente Bolsonaro critica Lula: "Bandido que não tem um dedo"

Presidente reclama de pleito do petista para que o auxílio emergencial volte a ser pago a R$ 600: "Por que não fez lá atrás com o Bolsa Família?"

Augusto Fernandes
postado em 20/05/2021 13:49 / atualizado em 20/05/2021 13:53
 (crédito: Marcos Correia/PR - Carl de Souza/AFP)
(crédito: Marcos Correia/PR - Carl de Souza/AFP)

O presidente Jair Bolsonaro aproveitou um compromisso, na manhã desta quinta-feira (20/5), na cidade de Santa Filomena (PI) para tecer críticas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que anunciou hoje, em entrevista à revista francesa Paris Match, que será candidato nas próximas eleições. O mandatário se mostrou incomodado com os diálogos do petista com deputados e senadores para tentar fazer com que as parcelas do auxílio emergencial retornem ao valor de R$ 600 e induziu que Lula está sendo oportunista.

“Um bandido que não tem um dedo falou há pouco que ia dar auxílio emergencial de R$ 600 para todo mundo. Por que não fez lá atrás com o Bolsa Família?”, ponderou Bolsonaro. Na sequência, o presidente prometeu que fará mudanças no programa assistencial. Segundo ele, assim que o governo terminar de pagar as quatro parcelas do auxílio emergencial previstas para este ano, o que deve acontecer em agosto, o Bolsa Família será reformulado.

“Hoje em dia, a média do Bolsa Família é R$ 190. Estamos trabalhando para que após o quarto mês dessa terceira etapa do auxílio emergencial suba o valor médio do Bolsa Família. Porque sabemos que nesse período de pandemia houve inflação, que aumentou o preço da alimentação no Brasil, aumentou o preço de muitas outras coisas. E temos que buscar soluções para que o povo recupere seu poder aquisitivo”, disse o presidente.

Críticas ao fechamento do comércio

Bolsonaro voltou a defender que a atividade comercial não seja paralisada em meio à pandemia da covid-19. Segundo ele, a recuperação da economia “passa pela não destruição de empregos, pelo não fechamento do comércio, pela coragem de decidir ao lado da realidade”.

O presidente ainda lembrou que grande parte dos brasileiros vive da informalidade e não tem carteira assinada, e reclamou que eles "foram esquecidos por esses que mandaram fechar o comércio e destruíram milhões de empregos”. “Estamos tendo problema com desemprego, sim. Querem botar na minha conta também. A conta é de quem fechou tudo sem qualquer responsabilidade, sem qualquer comprovação científica. Apenas para posar que estava preocupado com a vida de vocês”, comentou.

“Obviamente, defendemos as medidas, distanciamento e higiene, mas o emprego é tão ou mais importante a nossa preocupação em lutar por ele do que lutar contra o vírus. Mas isso está ficando para trás. A gente pede a Deus que, brevemente, nós venhamos a ficar livres desse maldito vírus. Tudo passa. Nós temos que enfrentar problemas. Estamos vencendo esse problema”, acrescentou o mandatário.

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