PANDEMIA

Governo do Maranhão autua Bolsonaro por promover aglomerações

Em visita à cidade de Açailândia, o presidente reuniu centenas de apoiadores e não utilizou máscara de proteção contra a covid-19

Estado de Minas
postado em 21/05/2021 22:40 / atualizado em 21/05/2021 22:40
 (crédito: Isac Nóbrega/PR)
(crédito: Isac Nóbrega/PR)

O governo do Maranhão vai autuar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) por gerar aglomeração na cidade de Açailândia, a 560 quilômetros da capital São Luís, nessa quinta-feira (20/5). O documento de autuação deve ficar pronto ainda nesta sexta-feira (21/5).

Bolsonaro participou de uma cerimônia de entrega de 282 títulos de propriedades rurais do Projeto Assentamento Açaí, ocupado desde 1996 por famílias da região maranhense. Além disso, Bolsonaro atacou o governador Flávio Dino (PCdoB) chamando-o de “gordinho”.

Se autuado, o presidente receberá multa que varia de R$ 2 mil a R$ 1,5 milhão de reais por desrespeitar o artigo 4 do decreto estadual 36.203 de 30 de setembro de 2020, no qual proíbe aglomerações e informa a obrigatoriedade do uso da máscara de proteção contra a covid-19. Bolsonaro terá 15 dias para se defender.

O presidente não utilizou máscara e se aglomerou com apoiadores em diferentes pontos da cidade, entre eles a sede do Sindicato dos Produtores Rurais, no Parque de Exposições de Açailândia.

As aglomerações ocorreram no mesmo dia que o governo do Maranhão confirmou o primeiro caso de COVID-19 provocado pela variante do coronavírus B.1617, originada na Índia. Ela foi identificada em um indiano de 54 anos que deu entrada em um hospital da rede privada em São Luís na última sexta-feira (14/05). O homem era tripulante do navio MV Shandong da ZHI, embarcação que veio da Índia.

 

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