Bolsonaro: fim da CPI, "pelo amor de Deus"

Correio Braziliense
postado em 27/05/2021 23:57

O presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar, ontem, o presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM), e pediu “pelo amor de Deus” que ele encerre logo os trabalhos do colegiado. O chefe do Planalto atacou o parlamentar pela apresentação de um projeto de lei que tipificava como crime a prescrição de produtos destinados a fins terapêuticos ou medicinais sem a comprovação científica. O presidente faz a transmissão semanal ao vivo nas redes sociais direto de Maturacá (AM).


“Aquilo que eu mostrei para ema (cloroquina), se um médico prescrevesse aquilo para mim, (seria condenado a) três anos de cadeia”, afirmou o presidente. De acordo com Bolsonaro, o projeto de Aziz não era apenas destinados aos médicos, mas também para atingi-lo. “Se eu voltasse a mostrar aquilo (cloroquina) para a ema, eu pegaria três anos de cadeia. Parabéns, Aziz! Que vergonha, hein?”, disse.
O presidente disse que 30 minutos após ter criticado a proposta nas redes sociais, o presidente da CPI da Covid a retirou. “Esse é o presidente da CPI, 500 mil médicos no Brasil, e esse é o presidente da CPI”, declarou, ao dizer que, se fosse aprovado, vetaria o projeto de Aziz, que também foi governador do Amazonas. “Como era a saúde do teu estado quando você era governador?”, questionou. “Pelo amor de Deus, encerra logo essa CPI e vem aqui fazer outra coisa. Ficar no Senado? Pelo amor de Deus.”


Foi a segunda vez que o chefe do Planalto atacou Aziz por causa da proposta. A outra alfinetada ocorreu na terça-feira e teve resposta do senador: “Bolsonaro postou em suas redes sociais um projeto de lei que propus, mas que retirei de pauta após ouvir especialistas. Eu faço autocrítica e sei mudar de ideia quando estou equivocado. O presidente deveria fazer o mesmo. Não gaste seu tempo comigo, gaste comprando vacinas”, escreveu o parlamentar.

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