Ato político

Politização do Exército por Pazuello e Bolsonaro 'é irresponsável', diz Santos Cruz

Acompanhado por Pazuello, pelo ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, e mais uma dezena de apoiadores - todos sem máscaras e sobre um carro de som - o presidente Jair Bolsonaro discursou ontem para milhares de apoiadores no Aterro do Flamengo, no Rio

O ex-ministro da Secretaria de Governo general Santos Cruz comentou, no Twitter, sobre a participação do general e ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello em ato político com o presidente Jair Bolsonaro, no Rio de Janeiro, neste domingo, dia 23.
"De soldado a general tem que ser as mesmas normas e valores. O presidente e um militar da ativa mergulharem o Exército na política é irresponsável e perigoso. Desrespeitam a instituição. Um mau exemplo, que não pode ser seguido. Péssimo para o Brasil", escreveu Santos Cruz.
Acompanhado por Pazuello, pelo ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, e mais uma dezena de apoiadores - todos sem máscaras e sobre um carro de som - o presidente Jair Bolsonaro discursou ontem para milhares de apoiadores no Aterro do Flamengo, no Rio.
A presença de Pazuello, uma general de divisão da ativa, em manifestação político-partidária sem que ele exerça cargo no governo que justifique sua ida ao local, causou constrangimento na cúpula do Exército e reações de políticos.
O comando da Força deve tratar do caso nesta segunda-feira. É que a legislação - o Estatuto dos Militares e o Regulamento Disciplinar - proíbem que militares da ativa participem desse tipo de ato ou se manifestem politicamente. Recentemente, a instituição apertou o cerco a oficiais que faziam posts políticos em redes sociais.