NA PANDEMIA

Queiroga: Não há óbice legal ou sanitário para que a Copa América não aconteça no Brasil

Ministro da Saúde disse também que não será exigida vacinação de jogadores, mas que testagem será diária

Lorena Pacheco
postado em 07/06/2021 20:00 / atualizado em 07/06/2021 20:05
 (crédito: Youtube/Ministério Saúde/Reprodução )
(crédito: Youtube/Ministério Saúde/Reprodução )

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, concedeu entrevista coletiva nesta segunda-feira (7/6), sobre o protocolo de segurança na Copa América. Apesar das milhares de mortes, da vacinação lenta e do aumento de casos de covid-19, o Brasil vai sediar a Copa América a partir de 13 de junho, até 10 de julho. Os jogos acontecerão nas sedes de Brasília, Cuiabá, Goiânia e Rio de Janeiro - nesta, acontecerá as finais. Serão 28 jogos, sendo a primeira com 20 jogos.

Segundo Queiroga, fez uma análise, tanto do protocolo do campeonato brasileiro, como o protocolo apresentado pela Conmebol, cabe ao ministério a avaliação desses protocolos, a sua validação, para assegurar que os atletas não corram risco adicional em função da competição, bem como as comissões técnicas.

"O número de pessoas envolvidas na competição inclui jogadores e comissão técnica, o que vai reduzindo. No início serão 10 times de futebol, o que envolve 650 pessoas; depois a medida que passa a competição diminui para oito times, com 520 pessoas, e depois na fase final, com quatro times e 260 pessoas. Então não é um campeonato de grande dimensão e partindo do pressuposto que a prática de atividades esportivas competitivas está acontecendo normalmente no nosso país, como Libertadores e eliminatórios da Copa do Mundo, considerando também que os cidadãos dos países que estão sendo representados na Copa América têm autorização para entrada no país respeitadas as condições sanitárias. Então não há nenhum óbice legal ou sanitário para que esse evento não possa ser realizado no Brasil."

Todos os jogos acontecerão sem a presença de público. "Será um ambiente sanitário controlado e monitorado pelas autoridades sanitárias nos estados e municípios onde acontecerá essa competição."

O ministro ainda solicitou à doutora Alessandra Siqueira que fizesse um levantamento na literatura acerca da segurança da realização de eventos esportivos. Segundo ela, em análise de 250 artigos, não há risco maior na população de atletas quando comparada à população comum. Há estudo que afirma inclusive que os atletas são até mais protegidos. A CBF ainda enviou informações à pasta dizendo que foram feitos protocolos com mais de 89 mil PCRs feitos no ano passado, 13 mil atletas testados, sendo que destes apenas 2,2% foram considerados positivos, o que foi considerado percentual baixo.

Sobre a vacinação dos atletas, o ministro disse que, nas competições que estão em voga hoje no Brasil, os atletas não estão vacinados. "Exigir a vacinação dos atletas nesse momento, eles não teriam a imunidade até o início da competição. [...] Não se fará esforço maior para se vacinar esses atletas agora, até porque a vacina poderia causar algum tipo de reação e até comprometer o ritmo competitivo dos jogadores."

Sobre a testagem, o ministro afirmou que não serão testes rápidos, será RT/PCR e diariamente. 



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