Operação Sangria

Governador do Amazonas e secretário de Saúde são alvos de operação da PF

Operação Sangria, deflagrada nesta quarta-feira (2/6), apura desvios do governo do Amazonas na Saúde

A alta cúpula do governo do Amazonas é alvo da Operação Sangria, deflagrada pela Polícia Federal (PF) nesta quarta-feira (2/6), por suspeita de desvios na Saúde. São cumpridos 25 mandados judiciais expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Os policiais estiveram na casa do governador Wilson Lima (PSC), que enfrentará um julgamento de denúncia ainda hoje no STJ.

São 19 mandados de busca e apreensão e 6 de prisão temporária cumpridos nas cidades de Manaus (AM) e Porto Alegre (RS), além de sequestro de bens e valores, que, somados, alcançam a quantia de R$ 22.837.552,24.

Segundo as investigações, há indícios de que funcionários do alto escalão da Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas realizaram contratação fraudulenta para favorecer grupo de empresários locais, sob orientação da cúpula do governo do estado.

As irregularidades envolvem os contratos do hospital de campanha nas áreas de conservação e limpeza, lavanderia hospitalar e diagnóstico por imagem, todos firmados em janeiro de 2021 com o Governo do Amazonas. "Os serviços são prestados contêm indícios de montagem e direcionamento de procedimento licitatório, prática de sobrepreço e não prestação de serviços contratados", diz a nota da PF. Segundo as investigações, o local não atende às necessidades básicas de assistência de combate à covid e ainda coloca os funcionários em risco de contaminação.

Os indiciados poderão responder pelos crimes de fraude à licitação, peculato e pertencimento a organização criminosa e, se condenados, poderão cumprir pena de até 24 anos de reclusão.