A senadora Rose de Freitas (MDB/ES) foi eleita presidente da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO). A parlamentar, que já havia presidido o órgão em 2015, assumiu o lugar de Flávia Arruda (PL/DF), e designou o deputado Juscelino Filho (DEM-MA) como relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2022. A eleição e instalação da Comissão ocorreu hoje (7/7), pela manhã.
Após assumir a mesa, Rose de Freitas falou sobre o atual cenário político no país, que será um dos desafios dos trabalhos da comissão em 2021/2022. “Como vamos viver esse momento, em cima de uma disputa? O país precisa que a política se organize, para encontro do povo e realizações melhores do que as que estamos vivendo até agora”, afirmou a líder do colegiado.
A senadora destacou aos membros da CMO que o trabalho da comissão, sob sua liderança, será baseado na “imparcialidade, pontualidade e seriedade”. A senadora também criticou a maneira "improvisada" como os trabalhos vêm ocorrendo na comissão, e falou sobre a importância do planejamento para a organização desse cenário.
“O orçamento tem que ter uma prioridade real a favor do Brasil, distante das necessidades pessoais, de grupos, dos comportamentos de oposição ou de situação. Nós precisamos dar à sociedade um planejamento. Áreas como educação, ciência e tecnologia, saúde e agricultura devem ser objetos de discussão permanente, e não apenas em um socorro que se pede de uma hora para a outra. Não é o improviso que vai ditar o desenvolvimento que esse país precisa retomar”, destacou a senadora.
O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, presente na eleição de Rose, parabenizou a senadora pelo cargo e falou sobre as expectativas de normalização dos trabalhos da CMO que, segundo ele, tiveram forte interferência da pandemia de covid-19, especialmente em 2020.
“Espero que tenhamos normalidade dos trabalhos para apreciação do parlamento. Quero me colocar à disposição para tudo aquilo que eu puder colaborar com a CMO”, disse Pacheco.
Passado e presente
A senadora relembrou, também, o período em que foi presidente da CMO em 2015, e afirmou que a comissão exigirá dedicação integral e absoluta.
“Sem orçamento, éramos criticados dentro do Senado, e houve uma grande insegurança e instabilidade política, que se refletiu no que aconteceu, logo em seguida, no Brasil (impeachment)", disse. Ela contou que aceitou o cargo à revelia da família, uma vez que a função exige dedicação integral.
"Eu recebi um apelo da minha família para que não assumisse a CMO novamente, porque a Comissão requer dedicação integral e atenção absoluta. Nem tudo o que transparece publicamente é o que, na verdade, se organiza em torno da CMO”, ressaltou.
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