Orçamento

Senadora Rose de Freitas promete imparcialidade à frente da CMO

Eleita presidente da Comissão Mista de Orçamento, representante do Espírito Santo pelo MDB diz que cenário de disputa política no país será um dos desafios do colegiado. Deputado Juscelino Filho (DEM-MA) será relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2022

Fernanda Fernandes
postado em 07/07/2021 14:35 / atualizado em 07/07/2021 14:36
 (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)
(crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)

A senadora Rose de Freitas (MDB/ES) foi eleita presidente da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO). A parlamentar, que já havia presidido o órgão em 2015, assumiu o lugar de Flávia Arruda (PL/DF), e designou o deputado Juscelino Filho (DEM-MA) como relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2022. A eleição e instalação da Comissão ocorreu hoje (7/7), pela manhã.

Após assumir a mesa, Rose de Freitas falou sobre o atual cenário político no país, que será um dos desafios dos trabalhos da comissão em 2021/2022. “Como vamos viver esse momento, em cima de uma disputa? O país precisa que a política se organize, para encontro do povo e realizações melhores do que as que estamos vivendo até agora”, afirmou a líder do colegiado.

A senadora destacou aos membros da CMO que o trabalho da comissão, sob sua liderança, será baseado na “imparcialidade, pontualidade e seriedade”. A senadora também criticou a maneira "improvisada" como os trabalhos vêm ocorrendo na comissão, e falou sobre a importância do planejamento para a organização desse cenário.

“O orçamento tem que ter uma prioridade real a favor do Brasil, distante das necessidades pessoais, de grupos, dos comportamentos de oposição ou de situação. Nós precisamos dar à sociedade um planejamento. Áreas como educação, ciência e tecnologia, saúde e agricultura devem ser objetos de discussão permanente, e não apenas em um socorro que se pede de uma hora para a outra. Não é o improviso que vai ditar o desenvolvimento que esse país precisa retomar”, destacou a senadora.

O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, presente na eleição de Rose, parabenizou a senadora pelo cargo e falou sobre as expectativas de normalização dos trabalhos da CMO que, segundo ele, tiveram forte interferência da pandemia de covid-19, especialmente em 2020.

“Espero que tenhamos normalidade dos trabalhos para apreciação do parlamento. Quero me colocar à disposição para tudo aquilo que eu puder colaborar com a CMO”, disse Pacheco.

Passado e presente

A senadora relembrou, também, o período em que foi presidente da CMO em 2015, e afirmou que a comissão exigirá dedicação integral e absoluta.

“Sem orçamento, éramos criticados dentro do Senado, e houve uma grande insegurança e instabilidade política, que se refletiu no que aconteceu, logo em seguida, no Brasil (impeachment)", disse. Ela contou que aceitou o cargo à revelia da família, uma vez que a função exige dedicação integral.

"Eu recebi um apelo da minha família para que não assumisse a CMO novamente, porque a Comissão requer dedicação integral e atenção absoluta. Nem tudo o que transparece publicamente é o que, na verdade, se organiza em torno da CMO”, ressaltou.

 

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