As promotoras do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) Simone Sibílio e Letícia Emili pediram para deixar a força-tarefa que investiga os assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Costa, cometidos em março de 2018. “Interferências externas” foram apontadas como a causa do pedido de afastamento do caso.
Em nota, o MPRJ confirmou a saída das promotoras, que acompanhavam as investigações desde setembro de 2018. “O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) confirma que as promotoras de Justiça Simone Sibílio e Letícia Emile optaram voluntariamente por não mais atuar na força-tarefa que investiga o caso Marielle Franco e Anderson Gomes”, diz o comunicado.
A força-tarefa foi criada em março deste ano e tinha como objetivo desvendar o crime. O texto ainda destaca a importância do trabalho das promotoras na condução do caso. "A Procuradoria-Geral de Justiça do MPRJ reconhece o empenho e a dedicação das promotoras ao longo das investigações, que não serão prejudicadas. O MPRJ anunciará em breve os nomes dos substitutos das promotoras na força-tarefa", conclui.
Marielle Franco e Anderson Gomes foram executados na região do Estácio, próximo ao centro do Rio, no dia 14 de março de 2018. O carro ocupado pela vereadora foi perseguido e atingido por 13 disparos. Marielle foi morta por três tiros na cabeça e um no pescoço. O motorista foi alvejado com, pelo menos, três tiros nas costas. Ambos morreram na hora. A jornalista Fernanda Chaves, assessora da vereadora, foi a única sobrevivente.
Condenados
O ex-policial militar Ronnie Lessa, acusado de matar a vereadora, foi condenado por destruição de provas. Conforme decisão do juiz Carlos Eduardo Carvalho de Figueiredo, da 19ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), divulgada ontem, além do ex-policial, foram condenadas mais quatro pessoas: sua esposa, o cunhado e dois amigos.
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