CPI DA COVID

Bolsonaro chama presidente da CPI, Omar Aziz de "anta amazônica"

Bolsonaro disse ainda que as denúncias contra o general Pazuello não se sustentam. O chefe do Executivo argumentou que também conversa com empresários diariamente. referindo-se ao vídeo em que o ex-ministro negocia a vacina Coronavac com intermediários: "Se é crime, eu sou criminoso", justificou

Ingrid Soares
postado em 19/07/2021 14:04

O presidente Jair Bolsonaro voltou a ofender membros da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da covid. Ele chamou o presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), de "anta amazônica" e caracterizou ainda o vice, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), o relator Renan Calheiros (MDB-AL) e Aziz como "três otários". O chefe do Executivo comentou com apoiadores na saída do Palácio da Alvorada sobre denúncias contra o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, envolvendo a compra de vacinas Coronavac.

"O que a imprensa fazia naquela época? "Tem que comprar vacina, não interessa o preço". Agora, quem queria comprar vacina, não interessando o preço e sem passar pela Anvisa era o Omar Aziz. Isso está documentado numa emenda que ele apresentou numa medida provisória nossa, sobre vacina, bem como o irmão do Renan Calheiros, o Renildo Calheiros, apresentou uma emenda igualzinha, que estados e municípios podiam comprar vacina sem a certificação da Anvisa e sem licitação", disparou Bolsonaro.

Bolsonaro partiu então para agressão. "Imagina se aprova isso, hein, Omar Aziz? Mais conhecido como anta amazônica. Anta amazônica. Imagina se tivesse passado isso? Hein, Renan Calheiros? Teu irmão, Renan Calheiros. PCdoB, partido… Não vou falar o que é o C, né. C do Brasil. Estariam alguns prefeitos e governadores comprando vacina a R$ 30 ou R$ 50 a dose, pode vacina até da Lua, porque não precisava passar pela Anvisa", alegou.

Bolsonaro disse ainda que as denúncias contra o general não se sustentam. O presidente alegou que também conversa com empresários diariamente, referindo-se a um vídeo em que Pazuello negocia a vacina Coronavac com intermediários. "Se é crime, eu sou criminoso", justificou.

"Tem essa CPI dos três patetas, três patetas não. CPI dos três otários tenta de toda maneira colar, Ah, mas o Pazuello conversou com empresário. Pô, se tivesse tratando de corrupção, pessoal, não ia ter vídeo, meu Deus do céu. Seria num porão ou seria num canto qualquer. O tempo todo tentando, "Ah, mas ele pensou em se corromper". Sabe o que estou pensando sobre você? Alguém sabe? Agora inventaram a corrupção por pensamento. Aqui em Brasília é capital federal, vem todo tipo de gente para fazer lobby. E você pode ver essa última narrativa agora, "Mas Pazuello conversou com empresário". Eu converso quase todo dia com empresário. Se é crime, eu sou criminoso", concluiu.


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