INFLAÇÃO

Bolsonaro ironiza inflação: "Não teve a política do fique em casa?"

Presidente comentou ainda sobre o quadro de reinfecção por covid-19 do líder paulista. "Olha o exemplo, o governador de São Paulo foi reinfectado. Lembra que eu falava: isso é uma chuva, tem que enfrentar. Enfrentar o problema, pô"

Ingrid Soares
postado em 19/07/2021 14:21
 (crédito: Minervino J?nior/CB/D.A Press - 15/6/20 )
(crédito: Minervino J?nior/CB/D.A Press - 15/6/20 )

O presidente Jair Bolsonaro ironizou, nesta segunda-feira (19/07), a alta de preço dos alimentos no país. Ele atribuiu parte da inflação dos itens alimentícios às políticas de isolamento, adotadas por governadores e prefeitos, na tentativa de conter o aumento dos casos de covid-19. 

"O preço de alimentos que subiu. Não teve a política do 'Fique em casa', e a economia a gente vê depois? Eu falava o contrário. Eu levava pancada: 'Olha, a vida não salva, mas economia salva'. Salva a economia agora. Se não era a gente tomar aquelas medidas todas, Pronampe, auxílio emergencial, estava um caos no Brasil agora. Eram 38 milhões de pessoas que viviam da informalidade, muitos trabalhavam de manhã para comer de noite e, de forma irresponsável, vários governadores e prefeitos trancaram tudo, fecharam comércio, fizeram toque de recolher, lockdown, sem comprovação científica", alegou.

Bolsonaro também comentou o aumento nos combustíveis. "Aqui, por exemplo, o pessoal o tempo todo massificando: 'Ô o preço do combustível, ô o preço do arroz, do feijão'. Eu sei que subiu. Eles não têm essa capacidade de ver quanto que está o ICMS de combustível do seu estado. Não têm essa capacidade", disse.

Em seguida, o presidente detalhou decisões do governo. "Eu zerei o imposto federal do gás de cozinha, zero. Do diesel, daqui a mais três meses cai mais quatro centavos aí. Tá em torno de R$ 0,31 centavos o litro do diesel, PIS/COFINS do diesel, vai passar para R$ 0,27. Você pode falar: É muito? É só fazer as contas. Em média, o caminhoneiro bota 500 litros de combustível no tanque, multiplica por 4 centavos. Acho que dá 20 reais, se não me engano. Ele faz quantas vezes isso por mês ou por ano? O ICMS, acho que talvez não tenha estado que não tenha aumentado durante a pandemia. E o cara vem para cima de mim", afirmou Bolsonaro.

"Cara de pau"

O presidente ainda aproveitou para alfinetar indiretamente o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), chamando-o de "cara de pau". 

"Alguém sabe quanto custa o litro da gasolina em média na refinaria? R$ 1,90, R$ 1,75. Agora chega a três vezes o preço na bomba. Quando a gente abaixa 10 vezes seguidas alguns poucos centavos o preço do combustível, ninguém fala nada. Quando aumenta dois centavos, a imprensa dá aquele destaque: 'Aumentou o preço do combustível'. Tem um governador que sempre gosta de me criticar, tem vários, eu só aumentei aqui porque aumentou lá". Um cara de pau. Usa do desconhecimento da população, mas a população vai tomando conhecimento aos poucos", comentou.

Por fim, Bolsonaro falou da reinfecção por covid-19 de João Doria. "Olha o exemplo, o governador de São Paulo foi reinfectado. Lembra que eu falava: isso é uma chuva, tem que enfrentar. Enfrentar o problema, pô. Vai ficar dentro de casa até quando?", concluiu.

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