REFORMA MINISTERIAL

Bolsonaro: Ministério do Emprego e Previdência dará "descompressão" a Guedes

O presidente alegou que a nova pasta não vai pesar nas finanças públicas. "Não custa nada e não vamos criar cargos. É apenas uma mudança de uma parte de secretarias da Economia para esse novo ministério"

Ingrid Soares
postado em 22/07/2021 11:55 / atualizado em 22/07/2021 12:08
 (crédito: Marcos Correa/PR)
(crédito: Marcos Correa/PR)

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (22/7), que a criação do Ministério do Emprego e Previdência dará "certa descompressão" ao ministro da Economia, Paulo Guedes. A pasta possui status de superministério e abriga oito secretarias especiais. Uma delas é a secretaria especial de Previdência e Trabalho, comandada por Bruno Bianco Leal, que exerce as funções dos extintos Ministérios da Previdência e do Trabalho. 

"O Paulo Guedes tem um ministério enorme. Ele agregou cinco ministérios no passado, quando assumimos. É um esforço enorme para manter aquilo funcionando, e ele mesmo concordou com a retirada dessa parte, que é o antigo Ministério do Trabalho e da Previdência para passar para esse novo ministério. Dar uma certa descompressão no Paulo Guedes e deixar o Onyx tratar dessa questão importantíssima, pois, precisamos sim, além de recuperar empregos, buscar mais alternativa para atender aos desassistidos. Não é da pasta do Onyx o Bolsa Família, é do João Roma. Mas trabalham perfeitamente afinados", relatou em entrevista à Rádio Banda B de Curitiba.

Bolsa Família e Auxílio Emergencial

O mandatário voltou a dizer que a intenção do governo é a de reajustar o Bolsa Família para R$ 300 e alegou que o novo ministério "não custará nada". "Pretendemos sim, ter um Bolsa Família a partir de novembro de, no mínimo, R$ 300. Isso equivale a um aumento um pouco acima de 50%, porque a média do Bolsa Família está em R$ 192. Esse ministério vem para ajudar. Realmente, não vai pesar em nada nas finanças nossas, não custa nada e não vamos criar cargos. É apenas uma mudança de uma parte de secretarias da Economia para esse novo ministério", continuou.

Ele também criticou as medidas de restrição adotadas por governadores e prefeitos em meio à pandemia de covid-19.

"O que aconteceu no ano passado, foi, no meu entender, uma política não bem conduzida de lockdown, 'feche tudo, fique em casa, a economia a gente vê depois'. E nós tivemos muito trabalho aqui para manter empregos formais. Os informais, a gente não tinha como manter. Quando você fecha tudo, essas pessoas que vivem de bico perderam sua renda. Fomos obrigados a apresentar uma alternativa que foi o auxílio emergencial, mas tem que acabar um dia, né? Porque a nação não tem como suportar a despesa anual com auxílio emergencial. O ano passado, de auxílio, nós gastamos mais que 10 anos de Bolsa Família. O gasto é astronômico, ultrapassou os R$ 300 bi o gasto com essa rubrica. E o país tem que voltar à normalidade. Então esse novo ministério, de emprego e previdência, vai cuidar dessa questão", concluiu.

 

 

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