MUDANÇAS

Com ida de Ciro à Casa Civil, Flávio Bolsonaro agora é suplente na CPI

Senador Luis Carlos Heinze (PP-RS) assume a cadeira de titular da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 com a saída do senador Ciro Nogueira

Sarah Teófilo
postado em 27/07/2021 21:26
 (crédito: Marcos Oliveira/Agência Senado)
(crédito: Marcos Oliveira/Agência Senado)

O senador Flávio Bolsonaro (Patriotas-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro, agora é suplente na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19. A mudança se deu após a ida do senador Ciro Nogueira (PP-PI), figura de destaque no Centrão, para a Casa Civil. O convite foi feito pelo presidente Jair Bolsonaro na semana passada, e Ciro já havia aceitado. Nesta terça-feira (27/7), ele anunciou oficialmente que aceitou o convite do mandatário, e passará a ocupar cadeira do general Ramos.

No lugar de Ciro, o senador Luis Carlos Heinze (PP-RS) assumirá a cadeira de titular. Ele chegou a assumir em alguns dias como titular, diante das ausência de Ciro Nogueira, que não vinha comparecendo com frequência à comissão. Heinze integra a linha de frente de defesa ao governo dentro da CPI.

Flávio Bolsonaro, apesar de não integrar a comissão, compareceu em dias importantes ao governo. No dia em que o sócio-administrador da Precisa Medicamentos, Francisco Maximiano, iria depor, por exemplo, ele foi à sessão.

Naquela ocasião, a revista Veja revelou uma relação entre  o senador e o empresário. O filho 01 do presidente participou de uma reunião entre o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Gustavo Montesano, e Maximiano, em outubro do ano passado. O encontro não foi para discutir vacina, segundo agenda.

No início do mês, Flávio negou ser amigo de Maximiano. Disse que o conhece por meio de amigos em comum. “Não é meu amigo, não frequenta a minha casa”, afirmou o parlamentar. O próprio senador já foi apontado pelo relator da comissão, Renan Calheiros (MDB-AL), como alvo de suspeita de envolvimento nas negociações da vacina contra covid-19 Covaxin, do laboratório indiano Bharat Biotech, que era representado no Brasil pela empresa Precisa Medicamentos no âmbito desta negociação. 

Em resposta à ofensiva do relator da CPI, Flávio Bolsonaro protocolou uma ação contra Renan Calheiros na Procuradoria-Geral da República (PGR), apontando que o senador por Alagoas estaria cometendo abuso de autoridade na CPI. 

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