Crime organizado

Ex-vereador ligado a milícia é preso em SP

Cristiano Girão é acusado de ordenar um duplo homicídio na zona oeste do Rio, em confronto com grupo rival. Ronnie Lessa, preso em 2019 pelo assassinato de Marielle Franco, teria realizado a execução

Correio Braziliense
postado em 30/07/2021 23:36
 (crédito: Reprodução)
(crédito: Reprodução)

A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu, ontem, o ex-vereador carioca Cristiano Girão na região central de São Paulo. Ele é acusado de comandar uma milícia na zona oeste do Rio e de ordenar um duplo homicídio. Os crimes teriam sido executados pelo ex-policial militar Ronnie Lessa — que já está preso em penitenciária federal acusado da morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

Girão foi surpreendido quando dirigia seu carro ainda na madrugada. Ciente de que poderia ser capturado, o ex-vereador passava as noites em uma loja, na tentativa de se esconder. Segundo o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP/RJ), por meio da força-tarefa criada para investigar o caso Marielle, Girão e Lessa foram denunciados pelas mortes de André Henrique da Silva Souza, conhecido pelo apelido de Zóio, e Juliana Sales de Oliveira, em 14 de junho de 2014, na região conhecida como Gardênia Azul.

De acordo com a polícia, a motivação do duplo homicídio seria uma disputa territorial entre grupos de milicianos comandados por Girão contra a facção criminosa liderada por uma das vítimas, que tentava dominar a região da Gardênia Azul, na zona oeste. Girão buscou retomar o domínio financeiro sobre a comunidade e contratou Lessa, mediante pagamento, para a execução do crime.

O ex-vereador foi preso no bairro Pari, área central da cidade de São Paulo. Ex-vereador carioca ficou preso de 2009 a 2017, por envolvimento em milícia. O advogado Zoser Plata Bondim Hardman de Araújo, que defende Girão, manifestou estranheza de a prisão ter sido decretada por um fato ocorrido há sete anos. Ele adiantou que irá impetrar habeas corpus para que seu cliente possa responder ao processo em liberdade.

 

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Ação ambiental de militares no Pará

O presidente Jair Bolsonaro autorizou as Forças Armadas, no contexto da Garantia da Lei e da Ordem (GLO), a combater crimes ambientais no Pará. Em junho, um decreto presidencial determinou a presença de militares até 31 de agosto de 2021 para impedir delitos desse tipo em municípios específicos da Amazônia. No decreto de ontem, o Planalto amplia o combate ao estado do Pará. Pelo primeiro decreto da GLO editado, a atuação dos militares ocorre exclusivamente em áreas de propriedade ou posse da União, como terras indígenas, áreas federais de preservação, imóveis da União, entre outros. A ação em outras áreas somente poderá ser realizada se houver pedido do respectivo governador do estado ao presidente da República, o que já foi feito no caso de Rondônia. (Com Agência Brasil)

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