Onze partidos protocolaram, ontem, uma requisição no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para que interpele o presidente Jair Bolsonaro e cobre esclarecimentos e provas das acusações que fez, na live da última quinta-feira, de supostas fraudes eleitorais e violações às urnas eletrônicas. O documento foi enviado ao corregedor-geral eleitoral da Corte, o ministro Luís Felipe Salomão. Assinam o pedido as legendas Solidariedade, MDB, PDT, PT, PSDB, PSol, Rede, Cidadania, PV, PSTU e PCdoB.
O documento apontou que o pronunciamento de Bolsonaro “tinha como objetivo destacar os referidos indícios”, mas se revelou uma “esdrúxula e vexatória exposição de vídeos amadores, (...). O ato configurou um verdadeiro constrangimento às Instituições Democráticas e ao Estado de Direito, reiteradamente atacados pelo presidente”, destaca a representação.
No último dia 29, o presidente promoveu uma live na qual prometeu apresentar provas de que as eleições de 2018 foram fraudadas. Contudo, no evento, comentou que “não tem como se comprovar que as eleições não foram ou foram fraudadas”. Ele foi rebatido pelo TSE, que emitiu nota alertando que o chefe do Executivo propagou notícias falsas na transmissão.
Bolsonaro desembarcou, ontem, em Presidente Prudente (SP) para mais uma “motociata”. Sem máscara e promovendo aglomerações, o presidente cumprimentou apoiadores com apertos de mãos e tirou selfies. Depois, em um palanque, voltou a dizer que não aceitará “farsa” nas eleições de 2022 e disse que “democracia só existe com eleições limpas”.
A passagem de Bolsonaro pela região previa ainda um churrasco com expectativa de 2 mil pessoas estarem presentes, no centro de exposições local — mas, a pedido do Ministério Público, o evento foi cancelado pela Justiça. Também ontem, o governo de São Paulo autuou, pela terceira vez, o presidente e outras sete autoridades pelo não uso de máscara em aglomeração no ato de Presidente Prudente.
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