Caso encerrado para a deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP). Em 18 de julho, ela acordou ensanguentada e machucada na sala do próprio apartamento. Em nota divulgada à imprensa, ontem, a parlamentar afirmou ter “confiança no trabalho da polícia” — cujo laudo apontou que ela teve “uma queda da própria altura” —, mas disse ter reforçado a segurança no imóvel funcional da Câmara que ocupa “por conta da vulnerabilidade”.
“Os apartamentos não possuem câmeras em pontos fundamentais, como as escadas internas e vãos dos corredores que dão acesso às portas de entrada”, detalhou. Segundo Joice, a Procuradoria da Mulher também encaminhou à presidência da Câmara pedido para a instalação de novos equipamentos de segurança.
Ela suspeitava que tivera o imóvel invadido e chegou a embasar as hipóteses após ter encontrado um cigarro no apartamento, apesar de não conviver com fumantes em casa. Dez dias após o episódio, a parlamentar participou do CB.Poder, quando cogitou ter sido vítima de atentado por questões políticas. Joice sofreu cinco fraturas no rosto e outra na coluna, porém sempre sustentou não se lembrar de ter sido agredida enquanto dormia. Inicialmente, suspeitou-se de que a deputada fora vítima do marido, o médico Daniel França — que, segundo ela, a encontrou no chão e a socorreu. Joice afastou tal possibilidade. A parlamentar o apoiou e disse que não permitiria “injustiça e calúnia em cima de gente decente, honesta, nobre, de um homem que daria a vida por mim”.
Perda de memória
A tese da briga doméstica ganhou força depois de a Polícia Legislativa não ter identificado “a entrada de nenhuma pessoa” no apartamento da deputada. Essa conclusão vai ao encontro daquilo que apurou a Polícia Civil do Distrito Federal. Na nota divulgada pela corporação, além da conclusão de queda, acredita que a falta de memória de Joice para o acidente foi “possivelmente decorrente dos efeitos de remédio para dormir”.
O advogado da parlamentar, Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, reforçou que acatará o resultado do trabalho técnico, tanto da polícia Civil como da Legislativa. “Para mim, é ponto final”, disse.
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