IMPEACHMENT

Após decisão de Pacheco, Bolsonaro fala em "câncer" e diz: "Eu sei o que tem que fazer"

Embora não tenha citado nomes, a postagem ocorre horas depois do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco ter rejeitado o pedido de impeachment do chefe do Executivo contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e é vista como uma resposta indireta aos poderes.

Ingrid Soares
postado em 25/08/2021 21:47 / atualizado em 25/08/2021 21:57
 (crédito: Reprodução / Redes Sociais)
(crédito: Reprodução / Redes Sociais)

O presidente Jair Bolsonaro postou, na noite desta quarta-feira (25/8), o trecho de um vídeo de uma live datada de abril nas redes sociais. Na publicação, o presidente afirma saber onde está o "câncer do Brasil" e relata que "sabe o que tem que fazer". Ele destaca ainda que "há como ganhar essa guerra", caso a população esteja munida de informação.

"A gente só ganha a guerra, pessoal, se tiver informações. Se o povo tiver bem informado, tiver consciência do que está acontecendo, a gente ganha essa guerra. Alguns querem que a gente seja imediatista. Eu sei o que tem que fazer. Dentro das quatro linhas da Constituição. Se o povo, cada vez mais, se inteirar, se informar, cutucar seu vizinho, mostrar para ele o futuro do nosso Brasil, a gente ganha essa guerra. Eu sei onde está o câncer do Brasil, nós temos como ganhar essa guerra. Se esse câncer for curado, o corpo volta à normalidade. Estamos entendidos? Se alguém acha que eu tenho que ser mais explícito, lamento", bradou.

Embora não tenha citado nomes, a postagem ocorre horas depois do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco ter rejeitado o pedido de impeachment do chefe do Executivo contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e é vista como uma resposta indireta aos poderes.

O parlamentar destacou que a denúncia carece de "justa causa" e "tipicidade", completando acreditar que a decisão possa constituir um "marco de reestabelecimento das relações entre os poderes e de pacificação".

O pedido, conforme explicou, foi negado após um parecer técnico da Advocacia-Geral do Senado, que entendeu que não houve o cumprimento de requisitos previstos na lei 1079/1950, que regulamenta os crimes de responsabilidade e contra a União e define as hipóteses de impeachment de ministros do Supremo.

 

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação