ARMAMENTO

"Tem que todo mundo comprar fuzil", defende Bolsonaro

"Eu sei que custa caro. Daí tem um idiota que diz "ah, tem que comprar feijão". Cara, se não quer comprar fuzil, não enche o saco de quem quer comprar", disparou.

Ingrid Soares
postado em 27/08/2021 11:35
 (crédito: Reprodução / Redes Sociais)
(crédito: Reprodução / Redes Sociais)

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira (27/08) que "todo mundo tem que comprar fuzil". A declaração foi feita a apoiadores na saída do Palácio da Alvorada ao comentar sobre decretos relacionados a Colecionadores, Atiradores Desportivos e Caçadores (CACs) e fazendeiros.

"Tem que todo mundo comprar fuzil, pô. Povo armado jamais será escravizado. Eu sei que custa caro. Daí tem um idiota que diz "ah, tem que comprar feijão". Cara, se não quer comprar fuzil, não enche o saco de quem quer comprar", disparou.

Ontem, em aceno à sua política armamentista, o presidente voltou a defender o porte e a posse de arma para a população. O mandatário ironizou matérias da imprensa apontando que o número de aquisição de armamentos tem dobrado ano após ano e rebateu dizendo esperar que "quintuplique". Segundo o mandatário, "quanto mais armado estiver o povo, melhor é para todo mundo"

Ainda hoje, Bolsonaro disse que não quer interferir em outros poderes e governa dentro da Constituição, mas que "é difícil governar o país dessa maneira".

"Tem ferramentas lá dentro (da Constituição) para ganhar a guerra. Tem gente que está do lado de fora. Difícil governar um país desta maneira. O único dos Poderes que é vigiado o tempo todo e cobrado sou eu. O que acontece para o lado de lá não tem problema nenhum. Eu não quero interferir para o lado de lá, nem vou. Agora, tem que deixar a gente trabalhar para o lado de cá", acrescentou.

Ele ainda negou intenção de dar o golpe. "Alguns dizem que eu quero dar golpe. São idiotas, eu já sou presidente, pô", justificou. Sobre os atos de 7 de setembro, o presidente reforçou que participará em Brasília e em São Paulo e negou que manifestantes pró governo possam causar tumultos nas ruas. "Pessoal nosso que vai às ruas não depreda patrimônio, não joga pedra na PM [Polícia Militar], não invade nada. É um pessoal do bem".

Durante o final da manhã, Bolsonaro participou de cerimônia de passagem do Comando de Operações Especiais em Goiânia. Sem agenda oficial na parte da tarde, a previsão é de que ele participe de uma motociata na cidade.

 

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