Vem chantagem aí
Os líderes do governo serão chamados a tentar ajudar o Planalto a retomar o valor de
R$ 164 bilhões que o governo pediu a autorização ao Congresso para emitir títulos e, assim, cumprir o pagamento de pessoal, aposentados e outras despesas correntes. A ideia é, se não retomar os valores iniciais, não tem emendas para as excelências.
O relator, Hildo Rocha (MDB-MA), cortou quase tudo e, em vez de R$ 164 bilhões, autoriza apenas R$ 28 bilhões — conforme o leitor da coluna soube em primeira mão, na semana passada. Os valores mantidos foram os destinados ao pagamento de salários. O restante, diz ele, o governo que tire do excesso de arrecadação.
Pressão total
Com mais um aumento na conta de luz previsto para setembro, o Centrão vai ampliar as investidas contra o ministro da Economia, Paulo Guedes. A avaliação é que, com tanto aumento de preços, não tem discurso de “vai comprar fuzil” que consiga esconder as dificuldades financeiras.
Por falar em pressão...
O que mais preocupa, hoje, os políticos governistas é a ameaça de apagão no país, por causa da situação dos reservatórios, e o preço do combustível. Até agora, porém, eles ainda não viram uma campanha séria para que as pessoas economizem energia. Tal qual a pandemia, o presidente Jair Bolsonaro parece preferir esconder os problemas. E o pior para o governo é que já tem gente do Centrão com esse diagnóstico.
Façam o que eu digo...
Quem analisou a fundo o pedido de autorização do governo para emitir títulos para pagamento de despesas correntes — ou seja, quebrar a regra de ouro — concluiu que quem deveria dar o exemplo dentro do governo não fez o dever de casa.
... E não o que eu faço
O Ministério da Economia, que vive pedindo aos demais que cumpram os orçamentos e não queiram mais dinheiro, pediu R$ 136 bilhões. O da Defesa, R$ 11,6 bilhões. E isso justamente em áreas que deveriam dar o exemplo de gestão e austeridade.
Turbinado na maçonaria/ Um maçom leva, pelo menos, sete anos e muitos estudos para conseguir chegar à plenitude, o grau 33. Bem, nem todos. O vice-presidente Hamilton Mourão (foto) fez em menos de um mês. Em duas semanas, ele saiu do grau quatro e chegou à plenitude, o 33. Não é ilegal, nem irregular, mas é privilégio de poucos.
Ele e o imperador/ Fazer esse caminho tão rápido é raríssimo, conforme lembram os maçons. O maior exemplo citado pelos especialistas no Brasil é o de D. Pedro I, que fez o caminho para grão-mestre em apenas um dia.
Passagem obrigatória/ De quinta a segunda-feira, a política nacional tem se concentrado em São Paulo. É lá que os mais diversos segmentos têm se reunido para buscar a terceira via e, também, acalmar a turma da Faria Lima em relação à perspectiva de muita bagunça no Sete de Setembro. Ah!, em Sampa é possível promover encontros mais discretos, sem que os personagens sejam incomodados.
Por falar em incômodo.../ A notícia do Uol sobre casa alugada por Ana Cristina, ex-mulher de Bolsonaro e mãe de Jair Renan, o 04, será explorada pela oposição em plenário. A ideia é tratar como mais um negócio de uma família que faz uma vida de luxo brotar depois que o ex-marido virou presidente.
O leque é enorme/ Em vez de um fuzil, certamente alguém da sua família vai preferir que você gaste as economias com outros bens.
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