MANIFESTO

Fiesp articula manifesto para pedir pacificação entre os Poderes

Mais de 200 entidades devem assinar o documento. Setor industrial está preocupado com a crise entre as instituições

Luana Patriolino
postado em 29/08/2021 19:27
 (crédito: Lula Marques/AGPT - 8/6/16)
(crédito: Lula Marques/AGPT - 8/6/16)

Associações e entidades empresariais estão se unindo em um gesto de pacificação entre os Poderes. Preocupada com a crise institucional, provocada pelo embate entre o presidente da República, Jair Bolsonaro, e o Supremo Tribunal Federal (STF), a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) pretende publicar na próxima terça-feira um manifesto assinado por diversas entidades que apoiam a movimentação.

Entre os que devem assinar o documento da Fiesp, estão a Federação Brasileira de Bancos (Febraban); a Associação Brasileira do Agronegócio (Abag); Fecomércio; o Instituto Brasileiro da Árvore (Ibá, da indústria de celulose e papel); Alshop (lojistas de Shopping); Abinee (indústria elétrica e eletrônica); Fenabrave (distribuição de veículos); e o IDV (Instituto para Desenvolvimento do Varejo). Ao todo, mais de 200 associações empresariais devem aderir ao manifesto.

O texto ainda está sendo revisado. O objetivo é dar um recado aos três Poderes: é preciso que cada lado faça “gestos magnânimos” para distensionar o ambiente político. Os representantes também temem que a crise possa prejudicar o processo de recuperação da economia brasileira.

Desembarque

A adesão da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) ao manifesto capitaneado pelo presidente da Fiesp, Paulo Skaf, deve fazer com que o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal deixem a entidade criada em 1967. A justificativa dos órgãos é que o documento faz uma cobrança apenas ao Executivo. No entanto, o parecer não deve citar nominalmente o presidente Bolsonaro ou qualquer outro chefe dos poderes.

Procurada pelo Correio, a Febraban disse que “não comenta sobre posições atribuídas a seus associados''. Sobre o manifesto articulado pela Fiesp e dirigido a várias entidades, a federação se limitou a dizer que “o assunto foi submetido à governança da Febraban, como é usual”, concluiu.

 

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