VOTO IMPRESSO

Após derrota da PEC, Mourão diz que voto impresso é 'caso encerrado'

Vice-presidente ainda foi questionado a respeito do desfile de tanques na Esplanda ocorrido nessa terça-feira (10/8), no mesmo dia da votação na Câmara. Ele disse que viu o desfile como uma homenagem a Bolsonaro e que "seria extremamente ridículo" se a intenção fosse pressionar o Congresso

O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou nesta quarta-feira (11/8) que com o resultado da derrota do projeto da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 135/2019 do voto impresso na Câmara, o caso "está encerrado". O texto, analisado na noite de terça-feira (10) pelos parlamentares, recebeu 218 votos contrários. Outros 229 se manifestaram favoravelmente. O texto, no entanto, teria que ter 308 votos para ser aprovado e, em seguida, ser encaminhado ao Senado.

"Acho que o assunto foi colocado. A própria Justiça Eleitoral, eu acho, vai se esforçar dentro do processo que existe para dar mais publicidade e transparência. Então, acho que, no final das contas, saímos bem. Para mim está encerrado [o assunto]. O Congresso decidiu, está decidido", disse o general a jornalistas na chegada ao Palácio do Planalto.

O vice ainda foi questionado a respeito do desfile de tanques na Esplanda ocorrido ontem, no mesmo dia da votação do voto impresso. O ato foi visto como uma demonstração de força por parte do mandatário e ainda como uma tentativa de intimidação aos Poderes. Mourão rebateu dizendo que viu o desfile como uma homenagem a Bolsonaro e que "seria extremamente ridículo" se a intenção fosse pressionar o Congresso.

"A Marinha quis fazer uma homenagem ao presidente. Eu vejo dessa forma. Eu acho que estava marcado antes isso aí. Se fosse para ser colocado como uma forma de pressão no Congresso, seria extremamente ridículo. Não vejo dessa forma", acrescentou. Por fim, ele relatou não ter sido convidado para o evento.

Hoje, Bolsonaro falou sobre a derrubada da PEC e agradeceu votos favoráveis, mas alegou que alguns deputados sofreram "retaliação" ou foram "chantageados" na votação. Ele reforçou ainda que as eleições de 2022 deverão enfrentar o que chamou de "mácula da desconfiança" e que o resultado do parlamento mostra que metade dos parlamentares não acredita no atual sistema eleitoral.

Saiba Mais