INFLAÇÃO

Por botijão de gás mais barato, Bolsonaro sugere compra comunitária em distribuidoras

Com preço atual entre R$ 93 e R$ 120, o produto sairia, segundo o presidente, no máximo, a R$ 60 caso ICMS não fosse cobrado

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) apresentou solução inusitada para os constantes aumentos do gás de cozinha no país. Na sua habitual transmissão ao vivo nas redes sociais, ele defendeu que os consumidores adquiram o produto diretamente das distribuidoras, eliminando a alíquota do ICMS dos estados.

“Como eu gostaria que cada governador zerasse o ICMS do estado. Criar um vale-gás. Se zerar o ICMS, vai ser excelente. Logo poderíamos tratar da venda direita do botijão, a exemplo do etanol. Você pode pegar o seu caminhãozinho na tua comunidade e compraria 100 botijões. O frete do caminhãozinho cada um pagaria no condomínio. Margem de lucro seria zero para quem for entregar, já que é um trabalho comunitário”, sugeriu o presidente.

Nessa quarta-feira (18/8), o chefe do Executivo já havia culpado governadores pelo alto preço do gás de cozinha, que hoje passa de R$ 100 na maioria dos estados. Em Belo Horizonte, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) calculou um preço-médio de R$ 93,65, embora alguns postos cobrem em torno de R$ 120.

Em março, Bolsonaro anunciou que havia zerado o imposto federal do gás de cozinha, mas especialistas disseram que o preço não seria revertido para o consumidor final, justamente por causa da remessa de lucro das distribuidoras.

“O gás de cozinha está caro? R$ 130 em média. Mas não está caro. Custa R$ 45 quando ele é engarrafado. Tem impostos. Eu zerei imposto federal. Nós arranjamos uma fonte compensadora. E o que aconteceu? O gás de cozinha, que custa R$ 45 sem imposto federal, tem o ICMS, o frete e a margem de lucro do pessoal que vende”, disse Bolsonaro nesta quinta.

 

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