APOIO AO PRESIDENTE

'Mito, eu te amo': vídeo com declaração de criança para Bolsonaro viraliza

Vídeo foi feito por um adulto, não se sabe se pai da criança. O deputado Hélio Lopes (PSL-RJ) comentou na publicação o versículo bíblico: "ensina a criança no caminho em que deve andar"

Em meio a uma ruptura entre os poderes alimentada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), um vídeo de uma criança apoiando o chefe do Executivo federal chamou a atenção dos internautas. Nas imagens, o menino fala que ama Bolsonaro e grita “mito”.

“Eu vou falar mito, Bolsonaro. Mito! Bolsonaro”, disse o menino. “Você gosta do Bolsnaro?”, questiona um homem, que não se sabe se pai da criança. “Mito, eu te amo”, responde o menino. Veja o vídeo:

O vídeo viralizou nas redes sociais dos apoiadores do presidente.

O deputado Hélio Lopes (PSL-RJ), grande amigo do presidente Bolsonaro, chegou a comentar as imagens. “Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele”, disse o parlamentar, citando Provérbios 22:6.

 

Crise

Nos últimos dias, o Brasil vive uma crise entre os poderes. A tensão se intensificou após Bolsonaro enviar ao Senado pedido de impeachment contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), já afirmou não vislumbrar fundamentos técnicos, jurídicos e políticos para a destituição de um integrante da Suprema Corte.

Nos últimos meses, o presidente vem falando a apoiadores, sem apresentar provas, que ganhou as eleições em primeiro turno. De acordo com ele, o pleito de 2018 foi fraudado para que o petista Fernando Haddad tivesse a oportunidade de enfrentá-lo em segundo turno.

Bolsonaro foi eleito, no segundo turno, o 38º presidente da República com 57.797.847 votos (55,13% dos votos válidos), contra 47.040.906 votos (44,87%) de Haddad.

O pedido de Bolsonaro contra Moraes incitou também seus apoiadores, que prometem sair às ruas no 7 de Setembro, Dia da Independência, e pedir a intervenção das forças armadas no país, em defesa do golpe militar.

Essa não seria a primeira vez que o país passaria por uma gestão militar. A derrubada de João Goulart levou a uma ditadura de 21 anos, período marcado por crimes contra a democracia, a liberdade de imprensa e os direitos humanos.

Foram cinco mandatos militares e 16 atos institucionais – mecanismos legais que se sobrepunham à Constituição. Entre eles, o AI-5, que estabeleceu um regime de opressão, garantindo a ampliação dos aparatos de perseguição e repressão dos cidadãos brasileiros. Ações ilegais, como a tortura, ganharam incentivo durante o ato.

 

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