crise política

Lira diz que 'atos de ruptura institucional não serão tolerados'

Presidente da Câmara falou sobre as manifestações que estão marcadas para 7 de setembro em apoio ao governo e contra o Supremo Tribunal Federal (STF)

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse, nesta quinta-feira (26/8), que não está preocupado com as manifestações em favor do governo e contra o Supremo Tribunal Federal (STF), programadas para 7 de setembro. O deputado afirmou que o país está acostumado com atos públicos, mas ponderou que eventuais ações de ruptura institucional não serão toleradas.

“Eu não tenho preocupação. É lógico que nós estamos acostumados, desde 2013, com muitos protestos de rua. O que eu peço e espero é que, quem quiser ir para a rua protestar, vá protestar, vá com paciência, vá com parcimônia, com sentimento de paz. A democracia tem que ser respeitada, mas qualquer ato de ruptura institucional ou de desrespeito às instituições ele não deve ser tolerado, não deve ter essa intenção, porque isso não ajudará a vencidos e a vencedores, a qualquer lado”, afirmou o parlamentar, durante coletiva de imprensa.

Segundo ele, é importante que a democracia seja exercida. “Nas ruas é o lugar do povo, quando ele quer protestar contra alguma coisa. Mas protestos realmente construtivos, que tragam reflexão para as instituições, sejam quais forem”. Lira também voltou a defender a “autocontenção dos três Poderes” como o melhor caminho para a solução da crise.

Reunião com governadores

O congressista falou também sobre o pedido de governadores de 25 estados e do Distrito para que eles sejam recebidos em reunião pelos chefes dos Poderes. O objetivo é discutir formas de pacificar a relação entre o Executivo e o Judiciário, abalada por repetidos ataques do presidente Jair Bolsonaro contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Organizadores dos protestos de 7 de setembro, entre os quais o cantor sertanejo Sérgio Reis, passaram a ser investigados pela Polícia Federal depois que ameaçaram invadir o STF para retirar magistrados à força dos seus cargos.

“Com relação também a uma possível reunião com governadores, chegou um pedido no gabinete, e nós iremos articular para, o mais rápido possível, na próxima semana, agendarmos uma data. Eles têm diversos temas aí, como esses temas políticos”, disse Lira. Ele explicou que, além da questão dos protestos, os gestores estaduais estão preocupados com a previsão de reajuste de 30% do piso salarial dos professores neste ano.