Caminhoneiros

Vídeo: Pastor bolsonarista Jackson Vilar chama presidente de "calça frouxa"

No vídeo, que circula nas redes sociais, o bolsonarista diz que Bolsonaro "traiu" os aliados

Thays Martins
postado em 10/09/2021 10:07
 (crédito: reprodução )
(crédito: reprodução )

O pastor bolsonarista Jackson Vilar gravou um vídeo, nesta quinta-feira (9/9), em que chama o presidente Jair Bolsonaro de "calça frouxa". O descontentamento com o chefe do Executivo veio depois que ele pediu, em um áudio, para que os caminhoneiros desbloqueassem as pistas e que publicou uma nota em que pede desculpas pelas ofensas e ameças ao Supremo Tribunal Federal (STF) feitas no dia 7 de Setembro. 

No vídeo, que circula nas redes sociais, o bolsonarista diz que Bolsonaro "traiu" os aliados e cita o caminhoneiro Marcos Antônio Pereira Gomes, conhecido como Zé Trovão, foragido no México, depois de ter a prisão decretada no dia 3 de setembro pelo ministro do STF Alexandre de Moraes. 

"Aqui em São Paulo nós temos um calça apertada e em Brasília nós temos um calça frouxa, chamado Jair Messias Bolsonaro. Hoje grava um vídeo mandando recuar. Eu fui processado várias vezes defendendo o Bolsonaro, mas agora eu te digo eu não acredito em Bolsonaro mais. Eu vou queimar minha camisa com nome de Bolsonaro, você traiu o seu povo, poque é você um frouxo, covarde", afirma no vídeo. 

Nesta quarta-feira (8/9), começou a circular em grupos bolsonaristas um áudio de Bolsonaro em que ele pede que os caminhoneiros recuem da paralisação iniciada em rodovias de pelo menos 14 estados. Na mensagem, o presidente diz que os protestos vão atrapalhar a economia, provocar desabastecimento e inflação.

A autenticidade do áudio foi confirmada pelo ministro da infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas. Nesta quinta, pelo menos 10 caminhoneiros que estão em Brasília desde o feriado da Independência e bloqueiam a Esplanada dos Ministérios, foram recebidos no Palácio do Planalto para uma reunião. 

Já na quinta-feira (9/9), Bolsonaro publicou uma nota em que volta atrás nas ameaças contra o STF. Em discurso para apoiadores, nas manifestações de 7 de Setembro, o presidente tinha dito que não obedeceria decisões do Supremo. Na nota, Bolsonaro diz que as falas foram ditas "no calor do momento". 

No entanto, mesmo com os apelos do presidente, alguns caminhoneiros seguem com a paralisação. Nesta quinta, o Ministério da Infraestrutura e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) registraram pontos de concentração em rodovias federais de 10 estados, com pontos isolados em outros cinco. 




 

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