Brasília-DF

Denise Rothenburg
postado em 18/09/2021 00:46
 (crédito: Carlos Moura/CB/D.A Press - 3/2/09)
(crédito: Carlos Moura/CB/D.A Press - 3/2/09)

A nova onda da CPI
A operação de busca e apreensão na Precisa Medicamentos deu novo fôlego à CPI da Covid e promete mudar os ânimos sobre a data de encerramento dos trabalhos. Senadores acreditam ter aberto uma avenida no submundo do tráfico de influência em Brasília, onde lobistas andam como “mariposas” em volta de autoridades. Diante disso, a ideia agora é levar os trabalhos até o último dia possível.
Da parte do governo, a ordem é acabar com a comissão de inquérito o quanto antes. Afinal, depois de uma busca e apreensão numa empresa, os receios de outros pedidos desse tipo levarão os governistas a pedirem para encerrar logo os trabalhos.

 

Governo no improviso
Uma equipe de ministros discutia uma estratégia para tratar dos precatórios quando chegou a notícia do aumento do IOF. A decisão partiu da Receita Federal, sem combinar com a área política. Para muitos interlocutores do presidente Jair Bolsonaro, é mais um sintoma de que o governo está batendo cabeça sem saber direito como sair da crise econômica e da falta de recursos.

 

Sempre pode piorar
Bolsonaristas querem usar o aumento do IOF para fazer um “alerta” ao Legislativo e ao Judiciário. Algo do tipo: se não houver uma saída para parcelamento dos precatórios em prestações anuais e um impulso à agenda de reformas, essa é a única saída.

 

Nem vem
Os deputados e senadores estão na onda dos investidores, que preferem esperar o resultado da eleição de 2022 para planejar maiores investimentos no país. Os políticos, de uma maneira geral, consideram que está cada vez mais difícil empreender reformas antes da eleição. É preciso esperar um novo governo em 2023.

 

Muita calma nessa hora
Com Lula bombando nas pesquisas de opinião, os comandantes do centro que buscam uma candidatura alternativa ao petista e a Bolsonaro lembram que, em 1993, Lula liderava as pesquisas para presidente da República. E quem venceu foi Fernando Henrique Cardoso.

 

Curtidas

Reguffe ganha fôlego.../ PDT, Pros e Solidariedade cogitam apoiar a candidatura do senador Reguffe, do Podemos, ao governo do Distrito Federal. É uma boa largada e mexe com o cenário eleitoral do “quadradinho”.

... mas não sai da toca/ Com apoio, ninguém costuma dizer que não é candidato. Até o final do ano, a política local vai apresentar muitas mudanças e alianças.

A guinada de Izalci/ Pré-candidato a governador do Distrito Federal, o senador Izalci Lucas (PSDB-DF) se descolou de vez do governo de Jair Bolsonaro. Na próxima segunda-feira, será um dos cicerones do governador de São Paulo, João Doria, na cidade. Para quem já foi vice-líder do governo, é uma mudança e tanto.

E o Temer, hein?/ Com apoiadores do ex-presidente Michel Temer torcendo para que ele seja candidato ao Planalto, muitos nas redes sociais citam a frase do ex-senador e ex-deputado Heráclito Fortes (foto), do Piauí, que guarda a memória de muitos governos: “Em política, o fundo do poço tem mola”.

 



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